BSPF - 07/03/2012
Brasília – A ministra do Planejamento, Miriam Belchior,
empossou hoje o economista Sérgio Mendonça como titular da Secretaria de
Relações do Trabalho. Ele assume com a missão de continuar com a democratização
das relações trabalhistas no serviço público, política que vinha sendo
conduzida pelo secretário de Recursos Humanos, Duvanier Paiva Ferreira,
falecido em 19 de janeiro passado.
Miriam Belchior, após elogiar o legado deixado pelo
secretário Duvanier, explicou as razões que a levaram a optar pelo nome de
Mendonça para sucedê-lo: “Além de toda sua capacidade técnica e profissional,
tem conhecimento do serviço público, das lideranças sindicais, e deixou uma boa
impressão durante o período em que esteve aqui, pois já havia ocupado o cargo
no primeiro governo Lula”, disse.
Ela anunciou que as negociações com os representantes dos
servidores públicos serão retomadas imediatamente. A primeira reunião com as
entidades sindicais está marcada para a tarde desta quarta-feira (7).
A ministra também explicou a importância que atribui à
Secretaria de Relações do Trabalho dentro do novo desenho institucional do
Ministério, cujo objetivo é valorizar ainda mais o processo de negociação com
os servidores. Essa nova estrutura, segundo ela, permitirá que o secretário se
dedique integralmente à tarefa.
Em seguida, enumerou os três desafios que Sérgio Mendonça
terá pela frente: conduzir as negociações para 2013; consolidar a Convenção 151
da Organização Internacional do Trabalho; e manter o trabalho com os anistiados
e com a transposição dos servidores de Rondônia.
Perfil
Sérgio Mendonça retorna ao Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão quase cinco anos depois de ter deixado a Secretaria de
Recursos Humanos, onde foi um dos articuladores da implantação da Mesa Nacional
de Negociação Permanente (MNNP), consolidada depois com o processo de
reestruturação de carreiras conduzido pelo secretário Duvanier a partir de
2007. Mendonça ocupou o cargo de dezembro de 2003 a junho de 2007.
“A minha volta tem o caráter de continuidade, no sentido de
que este é o nono ano de uma seqüência de dois mandatos do presidente Lula e
agora um ano e pouco da presidenta Dilma. A discussão é no sentido da
consolidação e é uma grande tarefa. Retornamos porque acreditamos que a gestão
democrática das relações de trabalho, a negociação permanente, são um instrumento
superior de gestão”, afirmou.
Aos 53 anos, ele é pós-graduado pela Universidade de São
Paulo (USP) e professor de Gestão das Relações de Trabalho na Pontifícia
Universidade Católica (PUC/SP). É técnico-sênior do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE, onde exerceu diversas
funções, entre elas a de diretor técnico nacional.
Fonte: Ministério do Planejamento