Agência Brasil
- 21/05/2012
Brasília – Professores de 38 das 59 instituições federais de
ensino aderiram à greve iniciada na última quinta-feira (17), segundo balanço
do Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes-SN).
De acordo com o responsável pelo Comando Nacional de Greve
do Andes-SN, Aluísio Finazzi, o atual plano de carreira não possibilita um
crescimento satisfatório do professor. “Precisamos mudar isso, temos uma
reunião marcada com o Ministério do Planejamento, o Ministério da Educação e
sindicatos para o próximo dia 28. Esse período será de mobilização, pelo menos
até essa data estaremos em greve”, disse
Finazzi.
Na Universidade de Brasília (UnB), os professores começaram
a paralisar as atividades hoje (21). A decisão foi tomada em assembleia na
última sexta-feira (21) e segue o movimento nacional.
O presidente da Associação dos Docentes da Universidade de
Brasília (AdUnB), Ebnezer Nogueira, disse que a principal reivindicação é a
reestruturação da carreira docente. Segundo ele, a categoria luta por essa
melhoria desde 1987. Ainda de acordo com Nogueira, em agosto do ano passado,
foi firmado um acordo com o Ministério da Educação (MEC), porém, nada foi
concretizado. “Somos a única categoria que não teve a reestruturação do plano
de carreira, este momento é muito importante para fortalecer o nosso movimento,
precisamos estar firmes contra a desvalorização profissional dos nossos
professores e professoras", acrescentou Nogueira.
A maior parte dos estudantes da UnB entrevistados hoje (21)
pela Agência Brasil disse que as aulas não foram paralisadas. O presidente da
Adunb minimizou a falta de adesão à greve afirmando que hoje é o primeiro dia e
que, em geral, os professores começam a paralisar suas atividades ao longo da
semana.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informou que o plano
de carreira de professores e funcionários deve ser aplicado somente em 2013.
Segundo o MEC, as negociações salariais com a categoria começaram em agosto do
ano passado, quando se acertou um reajuste de 4% - já garantido por medida
provisória assinada no dia 11 de maio. O aumento será retroativo a março.