sábado, 18 de agosto de 2012

Nada para o Judiciário


Correio Braziliense     -     18/08/2012




A presidente Dilma Rousseff cumpriu a promessa e deixou de fora os servidores do Judiciário da proposta de reajuste de 15,8% para o funcionalismo público. Na visão dela, eles já ganham demais e podem esperar por um melhor momento da economia para ter correção nos salários. Nos próximos dias, deverá sair uma oferta de aumento aos militares. 


Não está decidido ainda se o ganho virá por meio do salário ou das gratificações. 

A presidente assumiu compromisso com as Forças Armadas. A expectativa é grande. 

"Estamos contando os dias. Tomara que a presidente Dilma não falhe conosco", disse um oficial.

No Ministério do Planejamento, a cautela é grande em relação ao reajuste dos servidores. 


Segundo o secretário de Relações do Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça, no caso do funcionalismo civil do Executivo, os 15,8% ofertados pelo Palácio do Planalto não serão aplicados de forma linear. 

O índice poderá incidir somente sobre o salário ou sobre as gratificações ou mesmo na reestruturação de carreiras. O importante é que os ganhos fiquem dentro do ofertado. "Estamos fazendo todas as contas possíveis", disse Mendonça. 

"Não sabemos o impacto total no Orçamento, porque não temos ideia de quantos acordos serão fechados. Se, infelizmente, ninguém aceitar, o impacto será zero", afirmou.

O Palácio do Planalto aposta na compreensão das centrais sindicais, que vêm criticando a falta de jogo de cintura da presidente Dilma em lidar com os servidores, para apoiar a proposta de 15,8% de aumento. 


Para Ricardo Patah, da União Geral do Trabalhadores (UGT), o funcionalismo trabalha muito e ganha pouco. Para ele, são as distorções (alguns salários acima do teto constitucional) que maculam a imagem dos servidores perante à sociedade.

"Além disso, pela ineficiência do governo, que anunciou crescimento econômico de 4,5% e agora diz que não chega a 2% neste ano, não é o servidor que tem que pagar o pato. Não adianta ficar lembrando sobre a crise internacional para não dar reajuste ou oferecer pouco", destacou. (VB e BN)



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