Thaíne Belissa
Estado de Minas
- 01/04/2013
Os servidores administrativos da Universidade Federal de
Minas Gerais entram em greve por tempo indeterminado a partir desta
segunda-feira. O Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de
Ensino (Sindifes) realiza, nesta manhã, uma assembleia com os trabalhadores
para decidir a organização da paralisação, aprovada na semana passada.
A
principal reivindicação da categoria é a valorização dos técnicos, que segundo
a coordenadora geral do Sindifes, Cristina Del Papa, recebem um tratamento
diferenciado na universidade.
“Estamos passando por um processo de invisibilidade e
sofremos assédio moral dos professores”, afirma Cristina. Segundo ela, a
universidade quer implantar um sistema de ponto eletrônico e obrigar os
técnicos a baterem cartão, mas está abrindo exceção para outros profissionais
que, por decreto, também deveriam realizar o procedimento, como é o caso dos
professores de Educação Básica e Tecnológica.
Além disso, os técnico-administrativos exigem paridade na
eleição de reitor, vice-reitor e diretores de unidade. “Hoje os professores têm
70% de peso e nós e os alunos temos 15 e 15%. Nós estamos pedindo peso de um
terço para cada”, diz. A categoria também quer revisão de escalas e carga
horária de 30 horas semanais.
Outra importante reivindicação dos técnicos é em relação à
contratação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para
gerenciamento do Hospital das Clínicas. Segundo a coordenadora do Sindifes, a
categoria é contra essa adesão porque isso incentiva a terceirização dos
serviços, diminuindo a realização de concursos públicos.
Cristina Del Papa acredita que cerce de 40% dos técnicos
devem aderir à greve a partir de hoje, mas esse número pode ampliar para até
70%. No ano passado, a categoria ficou parada durante 108 dias.
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