BSPF - 25/05/2013
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF)
pediu o afastamento de quatro policiais da Polícia Federal por fraudarem o
concurso da corporação em 2001. O esquema criminoso de cola foi descoberto pela
própria PF em 2010 após análise das respostas idênticas marcadas nos gabaritos
dos quatro candidatos. Segundo o próprio ministério, as chances de se conseguir
o resultado idêntico sem irregularidades seria trilhões de vezes inferior a de
alguém acertar sozinho na mega-sena.
Após a confissão dos envolvidos, a PF constatou que a fraude
utilizada foi a conhecida como ‘piloto’, quando a organização paga uma pessoa
que domina o conteúdo cobrado em edital (o piloto) para se inscrever no
concurso e responder as questões corretamente. Na hora da prova, as redações
são escritas de forma individual enquanto os candidatos aguardam as respostas
das perguntas objetivas. Quando as finaliza, o piloto então vai ao banheiro e
as escreve no local para que os demais copiem.
Além de indenização por danos morais, o MPF/DF quer que a
Justiça anule os atos de nomeação e de posse dos quatro agentes e obrigue que
eles devolvam o dinheiro público gasto tanto com o curso de formação quanto com
os salários acumulados, cerca de R$ 1,8 milhão. Outros três candidatos também
estavam envolvidos no esquema, mas não conseguiram passar no concurso, o valor
cobrado deles será de R$ 120 mil devido aos gastos apenas com curso de formação
profissional.