Correio Braziliense - 14/06/2013
O Judiciário bateu o martelo e terá seu plano exclusivo para
aposentadoria complementar. O Fundo de Previdência do setor (Funpresp.Jud) foi
encarregado de garantir o futuro dos trabalhadores de 65 órgãos. Dados
atuariais preliminares indicam adesão de 100.280 servidores, com idade média de
40 anos e tempo de contribuição de 16 anos — salário médio estimado em R$
8.248,78.
Fontes ligadas ao Conselho Deliberativo do Funpresp.Jud
revelam que o principal cuidado dos envolvidos na criação do fundo de
aposentadoria é com a transparência e a garantia de retorno aos contribuintes.
A primeira providência será a contratação de especialista do mercado financeiro
para administrar o aporte inicial de R$ 26 milhões (R$ 25 milhões do governo,
mais R$ 1 milhão de aporte obrigatório dos patrocinadores).
"Quando o fundo começar a funcionar, o que deve
acontecer em breve, todas as reuniões serão abertas ao público", assinalou
o técnico. A ideia é manter, desde o início, uma direção de alto nível, no
intuito de evitar irregularidades, como as investigadas na CPI dos Correios
(indícios de desvio de mais de R$ 100 milhões de fundos de pensão de estatais
reservados à aposentadoria de 75 mil servidores por operadores do mensalão).
O vice-presidente do Conselho Deliberativo do Funpresp.Jud,
João Carmelino, confirmou ao Correio que a diretoria executiva será composta
por quatro profissionais. "Todos escolhidos, não por indicação, mas
recrutados no mercado financeiro por agências especializadas em recursos
humanos", sintetizou. Não está decidido ainda o banco público que vai
botar a mão na bolada. Estudos estão sendo feitos perante o Banco do Brasil e a
Caixa Econômica para escolher o gestor desses ativos.
O plano de benefícios do Judiciário terá as faixas de
contribuição 6,5% a 8,5% incidindo sobre a parcela da remuneração que exceder o
teto do Regime Geral de Previdência do Servidor (RGPS), atualmente, em R$
4.159,00. A contribuição do patrocinador será igual à do servidor. "Vale
ressaltar que os R$ 25 milhões do governo serão devolvidos tão logo o fundo
tenha os recursos necessários", reforçou a fonte, que preferiu o
anonimato.
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