BSPF - 26/06/2013
Em seu primeiro dia, a greve dos servidores do Dnit já conta
com adesão quase total dos estados brasileiros. Apenas servidores de Pernambuco
(PE) e Rio Grande do Sul (RS) ainda não participam da paralisação, o que deve
ocorrer nos próximos dias. No Rio Grande do Sul já há decisão de início da
greve a partir da quinta, 27. Em breve, portanto, a paralisação deve alcançar
todo o Brasil. A forte adesão ao movimento é demonstração clara de que a
categoria espera conseguir avanços importantes no processo de negociações que
debate demandas urgentes para o órgão e está estagnado na Secretaria de
Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento.
A Condsef recebeu a confirmação de uma reunião na SRT que ocorrerá nesta quinta. A expectativa é de que o governo apresente alguma proposta capaz de destravar os nós no processo de negociações. O Dnit conta com mais de 2.700 servidores ativos em todo o Brasil.
A Condsef recebeu a confirmação de uma reunião na SRT que ocorrerá nesta quinta. A expectativa é de que o governo apresente alguma proposta capaz de destravar os nós no processo de negociações. O Dnit conta com mais de 2.700 servidores ativos em todo o Brasil.
A categoria aprovou a paralisação por tempo indeterminado em
plenária nacional realizada no início deste mês. A decisão foi tomada baseada
no processo de negociações que vem sendo travado com o governo. A inércia no
retorno de respostas às pautas apresentadas pela categoria fez com que os
servidores tomassem a decisão de deflagrar a greve.
Há pelo menos cinco anos os
servidores do Dnit vêm tentando firmar um acordo com o governo e desde então
seguem sem reajuste em seus proventos. O Dnit está entre as categorias que não
aceitaram acordo com o governo no processo de negociações do ano passado e que
garantiu média de reajuste de 15,8% - divididos em três anos. Este ano, o
próprio governo apresentou um roteiro de reuniões para tentar superar os
conflitos com o setor.
A metodologia apresentada e acatada pelos trabalhadores
envolvia a realização de três reuniões. A primeira, que ocorreu no dia 14 de maio,
serviu para que os trabalhadores apresentassem sua proposta e reivindicações ao
governo, o que ocorreu. Já na segunda reunião, que ocorreu no dia 27 de maio,
quando estava previsto que o governo apresentasse retorno sobre a pauta da
categoria, o Planejamento recuou e solicitou a repactuação de prazos para
apresentação de respostas.
Na ocasião a SRT alegou que não estava autorizada a
negociar reajustes diferentes do padrão de 15,8% em três anos e pediu tempo
para dialogar com outros segmentos do governo. O diretor geral do Dnit, Jorge
Ernesto Fraxe, que também participou da referida reunião, chegou a falar de um
encontro que aconteceria entre o Dnit, o Ministério do Planejamento e o
Ministério dos Transportes e contaria com a participação da ministra Miriam
Belchior e do ministro César Borges. No entanto, a categoria não recebeu nenhum
novo retorno sobre o resultado dessas conversas.
Por fim, uma terceira reunião deveria ocorrer para tentar a
busca de um consenso entre trabalhadores e governo. Como o processo mostra-se
bastante lento e a evolução das conversas não aponta para a solução do impasse
instalado os servidores consideraram este o momento certo para buscar a pressão
necessária que garanta atendimento dos itens mais urgentes da pauta de reivindicações,
já apresentada. Com a greve, a categoria espera ser tratada com mais dignidade
já que o tratamento até o momento foi de descaso com os problemas relatados
pelos trabalhadores do Dnit.