Viviane Claudino
Rede Brasil Atual
- 16/12/2013
Categoria fará manifestações em janeiro. Trabalhadores
programam também marcha em Brasília
São Paulo – Os servidores federais lançarão sua campanha
salarial em janeiro, com atividades em vários estados, e já falam em greve na
primeira quinzena de março. Entre as resoluções do 11º Congresso da
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que
terminou ontem, em Beberibe (CE), também está a organização de uma marcha em
Brasília, em fevereiro.
Segundo a entidade, faz parte das reivindicações uma
política salarial permanente para o setor, recomposição das perdas, plano de
carreira e definição de data-base. Eles também pedem a regulamentação da
negociação coletiva e retirada de projetos em tramitação que, na visão do
Condsef, prejudicam os funcionários públicos.
Os dois últimos assuntos também têm sido motivo de
negociações entre representantes das centrais sindicais e o senador Romero Jucá
(PMDB-RR), que se reúnem amanhã (17), pela terceira vez, para discutir projeto
de lei que regulamenta o direito de greve no serviço público. Segundo o
senador, o relatório final com propostas para regulamentação será apresentado
na quarta (18).
Entre os itens dos quais os trabalhadores discordam, está a
obrigatoriedade de comunicar a deflagração de greve com no mínimo dez dias de
antecedência, assim como de garantir, no mínimo, 60% de funcionamento dos
serviços essenciais durante as paralisações e 40% para os serviços considerados
não essenciais. Pela proposta, são 23 serviços ou atividades considerados
essenciais.
“Sempre negociamos um percentual mínimo de atendimento, com
os gestores, e queremos ter a liberdade para continuar fazendo dessa forma.
Quando você estipula um percentual alto, engessado, você elimina o amplo
direito a greve, previsto na Constituição”, afirma o secretário-geral da
Condsef, Josemilton Costa.
Os servidores avaliam que as negociações com o governo pouco
avançaram neste ano. Nesse sentido, eles buscam pela regulamentação da
negociação coletiva, com critérios e regras claras para o processo de diálogo.
“O governo acerta as coisas, mas não cumpre. Vamos continuar insistindo no
dialogo, mas se não avançar faremos uma grande paralisação nacional”, afirma
Costa.
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