Vera Batista
Correio Braziliense -
21/01/2014
Os Servidores Públicos federais lançam hoje a campanha
salarial de 2014 com atos em todos os estados do país. Em Brasília, vão se
reunir, desde cedo, no espaço do servidor, próximo ao Bloco K da Esplanada dos
Ministérios, ao lado da Secretaria de Relações do Trabalho (SRT), do Ministério
do Planejamento. Esse será o início de uma nova queda de braço com o governo
para tentar não apenas antecipar para este ano a parcela de reajuste de 5% (a
última das três previstas até 2015), mas também pressionar a presidente Dilma
Rousseff a definir uma política salarial permanente, estabelecer a paridade
entre ativos, aposentados e pensionistas, e criar uma data-base para a
categoria.
Do calendário de manifestações constam uma marcha dos
trabalhadores no Distrito Federal, em 5 de fevereiro; debate, no dia seguinte,
sobre a dívida pública, considerada um dos principais agravantes da falta de
investimentos no setor público; e indicativo de greve para a primeira semana de
março, caso o governo não atenda as reivindicações. "Padecemos com a perda
de poder aquisitivo. A inflação acumulada de 2012 e 2013 quase ultrapassa os
12%. Basta isso para provar que os 15,8%, em três anos, são inadmissíveis. Não
tem como aceitar", reclamou Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
Projetos
Entre as prioridades, estão também a regulamentação da
negociação coletiva, a fixação de diretrizes de plano de carreira e a retirada
do Congresso Nacional de projetos que prejudicam os trabalhadores públicos.
Segundo a Condsef, tramitam no Legislativo 27 projetos sobre direito de greve.
Os servidores querem também o cumprimento, pelo governo, de acordos e
protocolos de intenções firmados em processos de negociação. Há, igualmente,
uma preocupação constante com a saúde financeira e a qualidade do atendimento
dos planos de saúde.
Acompanhe o noticiário de Servidor público pelo Twitter
Acompanhe o noticiário de Servidor público pelo Twitter