UOL Educação - 20/03/2014
São Paulo - Funcionários técnico-administrativos decidiram
entrar em greve nesta semana em ao menos doze universidades federais. A
convocação é da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores
Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil),
que representa cerca de 180 mil trabalhadores.
A categoria busca o cumprimento total do acordo de greve de
2012. Entre as reivindicações dos servidores estão a implementação da jornada
de 30 horas semanais, contagem especial do tempo de serviço para trabalhadores
com insalubridade, aprimoramento da carreira, revogação da criação da Ebserh
(Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e abertura imediata de concursos
públicos.
Nesta quinta-feira (20), os servidores da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
Eles aderiram à paralisação iniciada na segunda (17) pelos funcionários de mais
três universidades federais do Rio: UFF (Universidade Federal Fluminense),
Uni-Rio e UFRRJ (Universidade Rural).
A assessoria da UFRJ informou que a universidade não irá se
manifestar sobre a paralisação. Disse ainda que todas as atividades do hospital
universitário Clementino Fraga Filho serão mantidas, tanto atendimento médico
como os serviços administrativos. O pagamento de bolsas de assistência aos
estudantes e os biotérios da universidade, que conservam animais para serem
utilizados em experimentos científicos, também vão continuar.
A assessoria informou que as equipes de segurança dos campi
continuarão trabalhando, por ser considerada atividade essencial da
universidade, assim como os restaurantes universitários, por serem
terceirizados.
Na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) a
paralisação dos servidores federais começou na segunda e o único setor que não
está em funcionamento é a biblioteca central. A universidade disse que não vai
comentar a paralisação.
Os servidores técnico-administrativos da UnB (Universidade
de Brasília) na segunda. O hospital universitário avalia a possibilidade de funcionamento
no período de grave, enquanto pelo menos 50% da vigilância permanecerá em
operação, juntamente com o mínimo de 30% dos serviços administrativos.
Técnico-administrativos de outras áreas também se mobilizam para aderir ao
movimento.
A UFG (Universidade Federal de Goiânia) informou que os
servidores começaram a greve na segunda. De acordo com o sindicato, mais de 50%
da categoria aderiu à paralisação. "AUFG apoia o movimento dos servidores
técnico-administrativos e espera que as negociações junto ao MEC avancem
rapidamente de forma que a paralisação dos serviços ocorra pelo menor tempo
possível", disse a instituição.
Na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) a greve
começou na segunda, interrompendo os serviços no restaurante universitário em
São Carlos e nas bibliotecas dos três campi (São Carlos, Araras e Sorocaba).
Os servidores da UFSC (Universidade Federal de Santa
Catarina) entraram em greve na segunda. A biblioteca da universidade está
fechada desde terça. No setor de assistência estudantil 50% dos técnicos
aderiram à paralisação.
Na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), a greve
começa nesta sexta-feira (21).
Em Pernambuco, os técnicos da UFPE (Universidade Federal de
Pernambuco) estão parados desde quarta (19) e os servidores da UFRPE
(Universidade Federal Rural de Pernambuco) desde segunda-feira.
A Andifes (Associação dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior) diz que foi informada de que a Secretaria de
Educação Superior do MEC (Ministério da Educação) está em negociação com a
Fasubra.
Com informações da Agência Brasil