BSPF - 01/04/2014
Investigação encontrou vasto material de nudez e sexo
explícito. As imagens incluíam meninas cuja aparência entre 10 e 15 anos, além
de vídeos com cenas de sexo envolvendo animais
A Procuradoria da República em São Paulo ajuizou uma ação
civil por ato de improbidade administrativa contra um servidor público federal
do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Segundo a ação, ele
realizou downloads de conteúdos pornográficos, incluindo pedofilia e zoofilia,
utilizando seu computador de trabalho.
O fato tornou-se conhecido a partir de uma denúncia anônima
em setembro de 2007. Após ser notificada, a equipe de Gerência de Redes e
Suporte Técnico do órgão passou a verificar se realmente houve acesso a
conteúdo impróprio e a buscar a identificação do usuário. Foi constatado que o
computador encontrado com conteúdo impróprio era utilizado exclusivamente pelo
réu.
Investigação encontrou vasto material de nudez e sexo
explícito. As imagens incluíam meninas cuja aparência entre 10 e 15 anos, além
de vídeos com cenas de sexo envolvendo animais. O servidor público baixou o
conteúdo da internet, mas, de acordo com as investigações, não havia indícios
de que ele compartilhava os arquivos. Como o armazenamento de material
pornográfico envolvendo menores não era tipificado como crime na época dos
fatos, mas somente o seu compartilhamento, o réu livrou-se de implicações
penais.
Em sua defesa no procedimento disciplinar instaurado, o réu
alegou que acessava o conteúdo pornográfico com a intenção de buscar arquivos
de leitura e orientar seus filhos, devido aos comentários que surgiram na
escola sobre um homem que queria fotografar crianças nuas. Porém, esses
argumentos não foram suficientes para isentá-lo da acusação, pois foram
encontrados também arquivos de pornografia adulta e animal.
O Ministério Público Federal requer que o réu seja condenado
a pagar multa que poderá superar R$ 665 mil, equivalente a cem vezes o valor de
sua remuneração, bem como a perda da função pública e suspensão dos direitos
políticos.
Fonte: Terra