terça-feira, 6 de maio de 2014

Entidades realizam manifestação em frente ao Ministério da Educação hoje


R7     -     06/05/2014 



   
Professores e funcionários de instituições federais de ensino cobram audiência com o ministro Henrique Paim

As entidades sindicais dos trabalhadores da educação ANDES-SN (Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior), FASUBRA (Federação Nacional dos Servidores das Universidades) e SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional) promovem hoje (6) um ato em Brasília, em frente ao MEC (Ministério da Educação).

Docentes e funcionários técnico administrativos também solicitaram para esta terça-feira uma audiência com o ministro da Educação, José Henrique Paim. Uma nova paralisação nacional está marcada para o dia 21 de maio, quando deve ocorre outra reunião entre a ANDES-SN e o MEC para discutir a reestruturação da carreira docente.

Os trabalhadores estão em greve desde o dia 17 de março por tempo indeterminado, e reclamam a falta de condições necessárias para o funcionamento das instituições federais de ensino superior. Eles se dizem preocupados com a quantidade insuficiente de pessoal nas universidades. Exigem ainda vagas e concursos públicos para professores e  funcionários e aprimoramento das carreiras com valorização salarial de ativos e aposentados.

Dificuldades nas negociações

O diálogo entre os grevistas e o Ministério do Planejamento, que centraliza a mesa permanente de negociação entre o governo e os grevistas, segue com dificuldade. No final de abril, deputados federais se ofereceram para mediar as negociações.

Até o momento, o governo se propôs a voltar oferecer o adicional de insalubridade para servidores que trabalham em áreas de risco, como laboratórios. Também foi proposta mudanças no plano de carreira para que aposentados que têm capacitação sejam enquadrados da mesma forma que os servidores da ativa.

Sérgio Mendonça, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, diz que o acordo com a categoria deveria valer até março de 2015, e essa tem sido uma dificuldade das negociações.

—Não temos regras claras sobre o quanto vale um acordo, ou quando ele deveria ser rediscutido, por isso a dificuldade.

Para Dulce Maria Tristão, coordenadora de Recursos Humanos da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, a contratação de pessoal para as universidades tem sido prioridade do governo. Segundo ela, dos 218 mil servidores contratados pelo governo federal desde 2003, 65 mil foram técnicos administrativos de universidades.

Hoje, são 180 mil servidores nas instituições federais de ensino superior, mas a Fasubra calcula que apenas nos hospitais universitários sejam necessários 29 mil trabalhadores a mais para manter os serviços.

— Sem falar nos novos campi e expansões das universidades, em que servidores que se aposentaram não foram substituídos para abrir vagas nas novas unidades, e não temos reposição, diz Paulo Henrique Rodrigues dos Santos, coordenador Fasubra. 


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