Agência Brasil
- 20/05/2014
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse hoje (20)
esperar que a greve dos servidores da cultura acabe antes da Copa do Mundo. Ela
afirmou que as negociações seguem em curso. “Estamos na expectativa de uma
solução”, declarou, em evento na cidade do Rio de Janeiro. Profissionais do
setor estão paralisados desde o dia 12 deste mês. Treze dos 30 museus
administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) tiveram atividades
alteradas ou paralisadas. No Rio, das 18 unidades da cultura, apenas o Paço
Imperial permanece funcionando.
De acordo com a ministra, foram feitas três reuniões com os
líderes da greve. No último encontro, quinta-feira (15), no Ministério do
Planejamento, em Brasília, representantes do movimento se comprometeram a
enviar uma contraproposta. “Estamos aguardando o que as lideranças da greve vão
encaminhar”, disse Marta. “Sempre existe essa perspectiva (de encerrar a
greve). Senão, não estaríamos fazendo tantas reuniões”, completou, ao sair de
evento na Fundação Casa Rui Barbosa.
Segundo o diretor do Sindicatos do Trabalhadores do Serviço
Público Federal no Rio de Janeiro (Sintrasef), André Angulo, o documento, com
todas as reivindicações, foi entregue ontem (19) ao Ministério do Planejamento, em Brasília.
Nele, os servidores pedem a revisão da tabela salarial, a implementação da
gratificação de qualificação, a racionalização de cargos e a maior participação
dos servidores na gestão do Ministério da Cultura e na elaboração de políticas
públicas.
“São demandas que o governo já tinha prometido discutir
desde 2007 e não discutiu”, afirmou
Angulo à Agência Brasil.
O Ministério do Planejamento alegou, por meio da assessoria
de imprensa, que não há condições orçamentárias para reajuste de salário da
categoria e pagamento de gratificações aos servidores.
Os grevistas fazem assembleia hoje em Brasília, em frente ao
MinC, na Esplanda dos Ministérios, e amanhã (21) no Rio, no Palácio Capanema,
no centro, para discutir os rumos da
paralisação. Hoje, eles protestam, a partir das 16h30, à frente da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com os professores estaduais e
municipais, também em greve.