Bárbara Nascimento
Correio Braziliense
- 20/05/2014
Sindicatos dos policiais ainda avaliam formas de pressionar
o governo a conceder reajuste salarial este ano acima do percentual de 15,8%,
acordado em 2012
Os policiais federais continuam a queda de braço com o
governo, que mantém a proposta de aumento de 15,8% à categoria, o mesmo oferecido
em 2012 à maior parte dos servidores dos Três Poderes. O percentual deve ser
discutido amanhã pelos sindicatos regionais. "Não descartamos a
possibilidade de greve, achamos muito pouco provável que a categoria aceite os
15,8%. Os termos da proposta foram mais impostos do que negociados",
afirmou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef),
Jones Leal.
Os servidores querem, conforme explica Leal, reestruturação
salarial, além de reposição do efetivo. Ele não revelou, no entanto, qual seria
o percentual ideal de reajuste para os policiais. "Não recebemos sequer
reposição inflacionária nos últimos sete anos. O efetivo está defasado em 4 mil
cargos. Queremos mais do que simples aumento", disse. No dia 24 de maio,
haverá nova reunião dos sindicatos, em São Paulo. Os policiais devem pedir
também anistia aos processos administrativos relativos à greve de 2012.
Na semana passada, a ministra Assusete Magalhães, do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu liminar proibindo a Polícia Federal
de entrar em greve, sob pena de multa diária de R$ 200 mil aos sindicatos. A
categoria ameaça cruzar os braços durante a Copa do Mundo, que começa no dia 12
de junho. Ação foi movida pela Advocacia-Geral da União.
Os funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) decidiram paralisar suas atividades a partir da próxima
segunda-feira. Em assembleia realizada no último domingo, em Nova Friburgo
(RJ), os 81 delegados do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações
Públicas Federais de Geografia e Estatísticas (ASSIBGE-SN) aprovaram a
convocação.