BSPF - 20/01/2015
A Condsef encaminhou nessa segunda-feira ofício solicitando
audiência com o novo secretário de Gestão Pública do Ministério do
Planejamento, Genildo Lins Neto. O objetivo é propor um debate sobre a dinâmica
do processo de negociação e diálogo permanente mantidos com representantes dos
servidores federais. Hoje, há um processo instalado que não tem sido eficiente
na busca por soluções de problemas que vão se acumulando em diversos setores da
administração pública.
Para a Condsef, a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) não recebeu autonomia suficiente para resolver as demandas apresentadas pelas diversas categorias do serviço público federal. Sem essa mínima autonomia, os diálogos mantidos no âmbito da SRT tornam-se insipientes e não trazem os avanços esperados na solução dos problemas que se acumulam.
Para a Condsef, a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) não recebeu autonomia suficiente para resolver as demandas apresentadas pelas diversas categorias do serviço público federal. Sem essa mínima autonomia, os diálogos mantidos no âmbito da SRT tornam-se insipientes e não trazem os avanços esperados na solução dos problemas que se acumulam.
Não por acaso, essa relação de diálogo sem avanços nas mesas
de negociação permanente passaram a ser chamadas por representantes da
categoria de “mesas de enrolação”. Enquanto a regulamentação da negociação
coletiva no setor público não é assegurada, é preciso encontrar mecanismos
eficientes capazes de levar adiante soluções e propostas que atendam demandas
urgentes que se arrastam.
Este cenário de incertezas e frustrações geradas por reuniões sucessivas sem resultados práticos acaba promovendo um clima de insatisfação que se acumula e terminam gerando processos de mobilização legítimos por parte dos servidores. Uma relação mais transparente, capaz de resolver de forma eficiente questões de consenso e promover avanços nas situações de discordância, poderia trazer grandes benefícios às relações entre servidores e governo.
Este cenário de incertezas e frustrações geradas por reuniões sucessivas sem resultados práticos acaba promovendo um clima de insatisfação que se acumula e terminam gerando processos de mobilização legítimos por parte dos servidores. Uma relação mais transparente, capaz de resolver de forma eficiente questões de consenso e promover avanços nas situações de discordância, poderia trazer grandes benefícios às relações entre servidores e governo.
Mobilização segue essencial
A expectativa é de um debate franco das relações de trabalho
possa trazer melhorias que os servidores tanto aguardam e que podem gerar
enormes benefícios para a administração pública. A Condsef volta a reforçar
que, ainda que os discursos iniciais da equipe que conduzirá este segundo
mandato da presidente Dilma apontem para a disposição ao diálogo com os
trabalhadores, a luta e a mobilização em torno das demandas centrais dos
servidores vão seguir essenciais.
O secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo
da Silva, alerta que a categoria deve continuar fazendo o dever de casa,
participando das assembleias nos locais de trabalho e se organizando em torno
das reivindicações da campanha salarial 2015. “Como o cenário de arrocho e
cortes segue em evidência é preciso acompanhar com atenção e pressionar para
que as intenções embutidas no discurso dos novos ministros reflitam a prática”,
destacou.
Entre os discursos dessa nova equipe de governo está o do
ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que deu destaque para a valorização
do servidor público. Barbosa acrescentou que o diálogo está aberto para a busca
do equilíbrio das demandas justas dos servidores com a capacidade financeira do
governo. Para a Condsef, de todo modo, é preciso conduzir o ano com muita
mobilização e seguir atentos para que as palavras ditas, inclusive pela
presidente Dilma, de que privilegiará o diálogo com a classe trabalhadora,
conduzam efetivas mudanças e melhorias que todos os trabalhadores exigem e
anseiam há tempos.
Fonte: Condsef