ALESSANDRA HORTO E HELIO ALMEIDA
O DIA - 10/05/2015
A quinta-feira, dia 14, será importante termômetro da
participação do funcionalismo federal nas manifestações que as centrais
sindicais estão convocando para o 29 de maio. É que nesta quinta-feira ocorre o
Dia Nacional de paralisação dos docentes das universidades federais. Chamado de
ato “em defesa da carreira-salário, dos direitos de aposentadoria e contra os
cortes de verbas na educação”, a paralisação vai demonstrar a força do
movimento sindical docente e a adesão dos professores e estudantes ao chamado.
Se contar com adesão massiva, parte do sucesso do movimento de 29 de maio
estará garantido, para desespero dos estrategistas do Planalto.
O dia 29 foi definido pelas principais centrais sindicais
como Dia Nacional de Paralisação e Manifestações. As bandeiras de lutas
escolhidas foram a defesa dos direitos e da democracia e contra a terceirização
do trabalho no país, contra as Medidas Provisórias (MP) 664 e 665 — que
endurecem as regras de concessão do seguro-desemprego, do auxílio-doença e
aposentadorias, base do ajuste fiscal do governo.
Participaram da reunião a CSP-Conlutas, CTB, CUT,
Intersindical-CCT, UGT e Nova Central. Estão previstas mobilizações em diversos
setores estratégicos do país.
Segundo o dirigente Atnágoras Lopes, membro da Secretaria
Executiva Nacional da CSP-Conlutas e presente na reunião, em quase todos os
estados haverá bloqueios de vias, greves, paralisações e manifestações
unitárias em protesto contra a terceirização e a retirada de direitos. “Vamos
repetir e ampliar essas lutas, rumo à Greve Geral”, reforçou.
MOBILIZAÇÃO
Amauri Fragoso de Medeiros, do Andes-SN, afirma que será
importante o processo de construção do dia 29. “Nossos são esforços para
articular a classe trabalhadora na defesa de seus direitos, ainda mais levando
em conta que o Congresso deve votar mais perdas esta semana”, disse o
professor.
REUNIÃO DECISIVA
Está sendo convocada para a amanhã uma plenária com a
participação de todos as lideranças dos sindicatos dos servidores, além das
centrais sindicais, dos movimentos sociais e populares para organizar ações
conjuntas no dia 29. A reunião ocorrerá na sede da UGT, em São Paulo (SP).