Agência Brasil
- 19/10/2015
Depois de adotar a compra direta de passagens aéreas, sem
intermediação de agências de turismo, o governo federal economizou R$ 96,2
milhões em 2015, segundo dados divulgados hoje (19) pelo Ministério do
Planejamento. De janeiro a setembro deste ano, a administração pública federal
gastou R$ 250,4 milhões com esse tipo de despesa, contra R$ 346,6 milhões no
mesmo período de 2014.
O número de viagens também caiu em 2015. De acordo com o
Planejamento, nos nove primeiros meses do ano foram emitidos 356.307 bilhetes,
contra 499.843 de janeiro a setembro do ano passado. Em comunicado, o
Planejamento atribui a diminuição do gasto a políticas de gestão, como a compra
direta de passagens aéreas e aumento da racionalização na autorização de
viagens.
A compra de passagens aéreas diretamente das companhias
aéreas cadastradas está em vigor desde fevereiro deste ano para alguns
ministérios e tornou-se obrigatória para todos os órgãos do Executivo no fim de
abril. Antes da instrução normativa que regulamentou os procedimentos, as
compras eram feitas com a intermediação de agências de viagens e com pagamento
de taxa de operação.
Para viagens internacionais, os órgãos federais continuam
comprando passagens por meio das agências com as quais têm contrato. O governo
estuda realizar uma licitação para contratar uma única agência para atender o
Executivo Federal.
Apesar das medidas de economia, o governo, assim como as
empresas, continuam comprando passagens pela tarifa cheia, sem direito a
descontos e a promoções destinadas a pessoas físicas.
O Ministério do Planejamento informou que a economia deve
aumentar por causa do decreto publicado semana passada restringindo as viagens
em primeira classe.
Agora, somente ministros, ocupantes de cargos de Natureza
Especial, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas e os comandantes do
Exército, Marinha e Aeronáutica terão direito a classe executiva em voos
nacionais e internacionais. Os demais agentes públicos só poderão viajar de
classe econômica.