BSPF - 13/11/2015
A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou, na Justiça, que
licença de servidor para tratamento de saúde baseada em atestado de médico
particular só é válida quando é ratificada por inspeção médica oficial feita
pela administração pública.
Um funcionário público acionou a Justiça para ter o direito
à licença reconhecido sem ter passado por inspeção médica oficial, mas o pedido
foi negado. O autor da ação recorreu da sentença então, alegando que durante a
tramitação do processo havia sido realizada nova perícia por médicos oficiais
da União e que, consequentemente, os atestados médicos particulares haviam sido
homologados.
Contudo, a Procuradoria-Regional da União da 3ª Região
(PRU3), unidade da AGU que atuou no caso, demonstrou que a Lei nº 8.112/90
(Estatuto dos Servidores) não permite aceitar atestado médico particular para
efeitos de licença de saúde quando o servidor público está lotado em região em
que há médicos da União.
A AGU comprovou, ainda, que as supostas homologações já
haviam sido anuladas pela própria administração pública, em cumprimento à lei e
no exercício do poder de anular seus próprios atos, conforme previsto na Súmula
473 do Supremo Tribunal Federal (STF).
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) acolheu os
argumentos da AGU e considerou improcedente o pedido do servidor. A decisão
observou que o autor deixou de comparecer a três perícias médicas agendadas
pela administração pública para verificar a necessidade de licença, uma delas
marcada para local bem próximo à residência do funcionário público.
A PRU3 é uma unidade da Procuradoria-Geral da União, órgão
da AGU.
Ref.: Agravo Legal em Apelação Cível nº
2007.61.00.027058-8/SP
Fonte: AGU