BSPF - 24/02/2016
No mesmo ano em que o governo centrou esforços no corte de
gastos para tentar fazer o ajuste fiscal, os gastos com indenização e
substituição de funcionários, sobretudo não concursados, aumentaram 18,5%.Essas
mudanças ocorrem nos gabinetes dos Três Poderes a cada troca de mandato e fazem
com que, a cada quatro anos, a União tenha de retirar dos cofres públicos uma
quantia considerável para arcar com indenizações trabalhistas e sentenças
judiciais pagas a servidores. Levantamento realizado pelo Ministério do
Planejamento a pedido do GLOBO mostra que o montante gasto chegou a R$ 6,8
bilhões no ano passado. No Legislativo, a alta foi ainda maior: os gastos
dispararam 70% e chegaram a R$ 52,9 milhões. Em 2014, essas mesmas despesas
somaram R$ 30,9 milhões.
Segundo o Ministério do Planejamento, estão incluídos nessa
conta indenizações, restituições trabalhistas, obrigações patronais,
precatórios, compensações pecuniárias, depósitos judiciais e honorários de
sucumbência (quando a União arca com as despesas do advogado da outra parte)
pagos a servidores ativos, inativos e pensionistas. No Judiciário, onde estão
incluídos os precatórios pagos pela Justiça Federal a servidores que recorreram
aos tribunais e tiveram ganho de causa, foram dispendidos R$ 5,1 bilhões em
indenizações e sentenças judiciais, alta de 19% ante os R$ 4,3 bilhões gastos
no ano de 2014.
MAIS GASTOS EM ANO PÓS-ELEITORAL
Já no Executivo, as despesas foram de R$ 1,7 bilhão, valor
15,5% maior do que no ano anterior. Dentro desse montante, está incluído um
salto de 77% nos valores pagos com recursos de fundos do Executivo, sobretudo
por causa de...
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