UOL Notícias
- 09/06/2016
Brasília - No encontro que será realizado entre o presidente
em exercício Michel Temer e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Ricardo Lewandowski, ainda nesta quinta-feira, 9, no Planalto, será definida a
fórmula do aumento para o Judiciário. O objetivo é tentar evitar mais problemas
em relação ao efeito cascata que ela provocará, com a elevação do teto salarial
do servidor público.
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira
Lima, disse que a criação de uma gratificação para o Judiciário, como chegou a
ser noticiado, "não será a solução" para esta questão. "Não é
isso de gratificação. Mas já tem uma saída", disse Geddel, sem querer
antecipar o que será negociado entre os chefes de Poderes, na conversa entre os
dois.
Geddel avisou ainda que tudo o que foi prometido pela
presidente afastada Dilma Rousseff em relação aos reajustes será cumprido e que
o reajuste do funcionalismo público do Executivo está neste bolo. Disse ainda
que esses recursos já estavam previstos até mesmo nos R$ 96 bilhões de rombo do
orçamento anunciado pelo governo petista.
O problema surgiu durante a votação na Câmara quando líderes
partidários questionaram as lideranças governistas e Temer sobre a autorização
para um aumento, no momento em que o governo só falava em austeridade e
contenção dos gastos públicos. Consideravam que os sinais não seriam bons nem
para a sociedade, nem para o mercado. Temer, no entanto, avisou que tudo estava
acordado.
O reajuste médio concedido foi de 21,5%, divididos em quatro anos. O governo não divulgou um número oficial, mas a expectativa é que os projetos terão impacto nos cofres públicos de pelo menos R$ 56 bilhões até 2019, sem contar o chamado "efeito cascata" que provocará em todo os Estados, com o aumento do teto salarial dos servidores.
O reajuste médio concedido foi de 21,5%, divididos em quatro anos. O governo não divulgou um número oficial, mas a expectativa é que os projetos terão impacto nos cofres públicos de pelo menos R$ 56 bilhões até 2019, sem contar o chamado "efeito cascata" que provocará em todo os Estados, com o aumento do teto salarial dos servidores.
Geddel explicou, no entanto, que aumentos para outras
categorias ficarão para "outro momento", mas todos os demais
reajustes votados "estão assegurados".
Segundo o ministro, não haverá problemas no Senado, quando o
aumento dos servidores for entrar em votação. "Isso já está conversado,
está ajustado. Isso já estava nos R$ 96 bilhões. Já está contabilizado",
afirmou ao lembrar que o assunto foi conversado com o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o líder do governo, Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Para Geddel, o único problema, que está sendo objeto de
conversações e discussões políticas, é o teto do funcionalismo, por conta do
efeito cascata, que é o está sendo conversado e é objeto de negociação. Com o
reajuste do Judiciário, os ministros do STF terão aumento de 16,38% e o salário
deles passará dos atuais R$ 33.763 para R$ 39.293,38.
(Estadão Conteúdo)