Jornal Extra
- 28/08/2016
A situação do funcionalismo público — em especial, no âmbito
federal — é de alerta. Confederações e lideranças de classes citam, pelo menos,
três projetos de lei que visam, segundo essas representações, a provocar
“perdas de conquistas” acumuladas pelos servidores da União. Os ataques passam
pela limitação de gastos com pessoal e de contratação de novos funcionários.
Até a criação de um teste de integridade é discutida por parlamentares no
Congresso Nacional.
— É mais uma via que estão criando para nos atacar. Hoje, o
funcionário público é visto como alvo do governo — disse Sérgio Ronaldo da
Silva, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público
Federal (Condsef).
Em função do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff, algumas discussões podem ficar em segundo plano. O único que pode ter
andamento e influência imediata no futuro dos servidores é o aumento salarial
para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O projeto deve ser
aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, indo a plenário
no dia 8.
Vale lembrar que o aumento dado à Corte terá efeito-cascata
sobre os ganhos de desembargadores e juízes estatuais. O resultado será aumento
da folha e problemas para que cada Judiciário estadual pague suas contas.
(Nelson Lima Neto)