segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Temer corta apenas metade dos ministérios prometidos


BSPF     -     15/08/2016




Presidente interino, que anunciou que extinguiria dez pastas na Esplanada, mas cortou apenas cinco e está prestes a criar o 27º ministério. Objetivo principal é alocar aliados pró-impeachment

Anunciado como uma das principais ações do governo interino, o corte no número de ministérios, que a princípio atingiria dez pastas, acabou não se concretizando. O atual quadro do executivo tem apenas seis pastas a menos que a gestão da presidente afastada Dilma Rousseff. Para completar, na quinta-feira (11), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou a recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que será o 27º da Esplanada versão Michel Temer.

Inicialmente, a Advocacia-Geral da União e o Banco Central deixariam de ter status de ministério. Porém, em uma manobra do Planalto, o presidente interino editou a Medida Provisória 276 e determinou que Fábio Medina Osório, da AGU, e Ilan Goldfajn, do BC, continuariam sendo ministros até que seja aprovada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) lhes concedendo foro privilegiado. Temer ainda criou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o Ministério da Cultura, depois de sofrer pressões por tê-lo cortado. No final das contas, a Esplanada está com 26 pastas.

Os ministérios são uma das saídas para o Planalto agradar partidos aliados e garantir o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff – que será votado no próximo dia 25. A recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, por exemplo, ocorre para atender o Solidariedade, partido da base de Temer. Até mesmo partidos aliados como PSDB e DEM criticaram a iniciativa do governo, que consideram a volta do MDA como “mais uma concessão” por causa do impeachment.

Por fim, o inchaço da máquina é mais um sinal de que a prometida austeridade com as contas públicas não saiu do papel. Em entrevista ao jornal O Globo, o líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), afirmou que Temer tem é que “extinguir, não criar novas pastas”.

Fonte: Congresso em Foco


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