BSPF - 17/09/2017
Brasília – O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse
que o governo fará campanha para aumentar a adesão ao Programa de Demissão
Voluntária (PDV) do governo federal, cuja adesão começou nesta quarta-feira
(13). "Os níveis de adesão no Brasil a esses programas são inferiores do
que em outros países", afirmou.
Segundo o ministro, o governo não tem interesse na quebra
dos direitos adquiridos dos servidores e nem fará demissões, como no governo do
ex-presidente Fernando Collor, quando servidores foram demitidos e conseguiram
na Justiça o direito de serem reintegrados. "A experiência do governo
Collor não foi exitosa, as demissões foram unilaterais e acabaram resultando em
prejuízo", acrescentou.
Oliveira voltou a afirmar que a despesa de pessoal é a
segunda maior do governo e que é preciso "compatibilizar" as
condições dos servidores com os do setor privado. Oliveira disse ainda que a
agenda fiscal do governo visa reduzir as despesas obrigatórias para ampliar o
espaço para gastos de "qualidade", como investimentos.
O ministro afirmou que as medidas de ajuste fiscal fazem
parte de um amplo conjunto para reduzir gastos e aumentar a eficiência. Ele
citou o corte de cargos públicos e projetos de redução da burocracia e a agenda
de reformas, como a da Previdência. "Não há como alcançar equilíbrio sem
reforma da Previdência", afirmou.
Para ele, não se pode culpar servidores nem as despesas de
pessoal pela crise fiscal, já que esses gastos estão estabilizados em relação
ao PIB nos últimos anos. "A maior despesa e que não está controlada é a
Previdência", acrescentou.
(Estadão)