Blog do Vicente
- 23/04/2018
A ameaça de renúncia do novo diretor executivo da Geap
Saúde, Roberto Sérgio Fontenele Candido, caso o Conselho de Administração não
aprovasse os nomes da diretoria indicados por ele, funcionou. Nesta
segunda-feira (23/04), o colegiado bateu o martelo. Os trâmites para as
nomeações serão definidos nos próximos dias.
Foram indicados Marcos Vinícius de Souza Júnior para a
diretoria de Administração, Adriano Roque Souza Suzarte para a diretoria de
Finanças e Gilton Paiva Lima para a diretoria de Saúde. Já Luciana Rodrigues
Teixeira de Carvalho será mantida na diretoria de Controle e Qualidade.
“A posse dos indicados para a diretoria foi aprovada nesta
segunda-feira, conforme validado pelo Conselho de Administração da operadora.
Esta é uma excelente notícia para a Geap, beneficiários, prestadores e demais
envolvidos neste processo sério de recuperação”, informou a empresa, por meio
de sua assessoria de imprensa.
A situação da Geap Saúde, que têm servidores públicos como
principais clientes, é dramática. Em áudio de uma reunião de Fontenele com
funcionários da empresa, ao qual o Blog teve acesso, o executivo diz que, se
até o fim de junho, a Geap não receber injeção de R$ 130 milhões em seu caixa,
pode quebrar.
Fontenele, que está no cargo desde 29 de março, lembrou, no
áudio, que a Geap já está sob regime especial de direção fiscal pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Se não conseguir os R$ 130 milhões,
tenderá a ser liquidada pelo órgão regulador e fiscalizar.
O rombo total da Geap chega a R$ 330 milhões. A empresa já
chegou a ter mais de 900 mil clientes. Hoje, tem cerca de 450 mil. Está
perdendo, segundo Fontenele, 5 mil conveniados por mês. O executivo disse, em
nota enviada ao Blog, que funcionários da Geap são “cooptados e manipulados”
por agentes privados, no caso, hospitais e médicos. Ele ressaltou que hospitais
e médicos roubam os planos de saúde.
Por Rosana Hessel