Blog do Vicente - 09/05/2018
Em decisão monocrática, o presidente-substituto do conselho
de administração da Geap Saúde, Manoel Messias Boaventura de Novais, encaminhou
ontem ofício à gerência de Gestão de Pessoas determinando a demissão do diretor
executivo da Geap Saúde, Roberto Sergio Fontenele Candido.
Segundo Boaventura, a postura demonstrada por Fontenele não
condiz com a política de governança da Geap. Ele ainda detalhou que o executivo
não apresentou resposta plausível de retratação aos profissionais parceiros do
plano de saúde, conforme solicitado pelo conselho, conforme estava alinhado com
o colegiado.
Para piorar a situação, em ficha de avaliação preenchida,
Boaventura classificou como “abaixo do esperado” o desempenho de Fontenele na
maioria dos sete componentes analisados. O documento foi assinado de próprio
punho pelo presidente do conselho de administração da Geap em 8 de maio.
Menos de 45 dias após assumir o posto, Fontenele deixa o
cargo após ser gravado em uma reunião com parte da equipe em que afirma de médicos
e hospitais roubam os planos de saúde. As declarações reveladas com
exclusividade pelo Blog tornaram insustentáveis a permanência do executivo a
frente do plano de saúde dos servidores públicos.
Apesar disso, quem conhece de perto a Geap afirmou que o
processo de demissão é nulo, já que o conselho de administração não se reuniu
e, por meio de uma resolução, definiu o afastamento do executivo. Tamanha é a
confusão que Fontenele se recusou a assinar a Recisão Antecipada de Contrato de
Experiência em 8 de maio.
A rescisão foi assinada pelo coordenador de Obrigações
Trabalhistas da Geap, Daniel Leonardo da Rocha Mendes, e outras duas
testemunhas. Vale lembrar que a Geap é um reduto do Partido Progressista (PP) e
sofre forte influência da Associação Nacional dos Servidores Públicos, da
Previdência e da Seguridade Social (Anasps), que detém assentos no conselho de
administração da operadora.
Por Antonio Temóteo