BSPF - 30/08/2018
O presidente, Michel Temer, desistiu de enviar ao Congresso
uma medida provisória adiando para 2020 o reajuste dos servidores do Executivo.
A medida veio depois que Judiciário e Legislativo decidiram
reajustar os salários de seus funcionários no ano que vem.
O Palácio do Planalto avaliou que a medida, que excluiria
apenas o Executivo do benefício salarial, não teria apoio dos parlamentares.
A decisão foi tomada após conversas do presidente com
representantes do Judiciário e do Legislativo.
Temer também negociou com o Supremo Tribunal Federal (STF)
uma troca: o auxílio-moradia deixaria de existir e seria incorporado ao
salário, a partir do reajuste de 16,8%, já aprovado pela maioria dos ministros
da Suprema Corte.
O entendimento do governo é que, mesmo com os reajustes
concedidos aos servidores, o ajuste fiscal não será prejudicado.
A secretária executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula
Vescovi, explicou que o governo terá de fazer cortes, mas ressaltou que a
discussão se aplica apenas à destinação de recursos, sem alterar o volume total
de gastos.
Nesta sexta-feira (31), o governo deverá encaminhar ao
Congresso a proposta orçamentária para o ano que vem já com a previsão do
reajuste. O impacto será de R$ 11 bilhões considerando todos os servidores,
entre civis e militares.
Por Priscilla Mazenotti
Fonte: Radioagência Nacional