Agência Brasil
- 11/09/2018
Foi a última sessão da ministra como presidente do Conselho
Brasília - Em sua última sessão como presidente do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal
(STF), ressaltou algumas de suas iniciativas à frente do órgão, dentre as quais
destacou a transparência dada em relação aos salários dos magistrados
brasileiros. Ela afirmou que os juízes recebem salários justos.
“A transparência aumentou até mesmo para que o cidadão
soubesse. No que se diz que juízes ganham em excesso, não ganham. E está aí a
comprovação pela transferência que foi dada às informações sobre as
remunerações de todos nós brasileiros de forma permanente”, afirmou ela, em
referência à iniciativa por meio da qual o CNJ mantém em seu portal as planilhas
com os vencimentos dos magistrados em todos os tribunais do país.
No mês passado, os ministros do Supremo decidiram encaminhar
ao Congresso proposta de aumento de 16,38% em seus próprios salários. Cármen
Lúcia foi contra, mas foi vencida na questão.
Caso o reajuste seja aprovado pelo Legislativo, o salário de
um ministro do Supremo deve passar de R$ 33,7 mil para cerca de R$ 39 mil,
provocando um efeito cascata nos vencimentos de toda a magistratura.
Cármen Lúcia defendeu o trabalho dos juízes, que disse
estarem submetidos a uma grande sobrecarga, mas conseguem fazer com que o país
tenha uma Justiça forte, capaz de resolver conflitos de forma pacífica, sem o
recurso à violência.
“Porque pela violência nós não temos nem democracia, nem
sequer uma vida civilizada, o marco civilizatório se perde e podemos ter um
retorno à barbárie”, afirmou a ministra.
Na quinta-feira (13), Cármen Lúcia será substituída pelo
ministro Dias Toffoli na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).