Correio Braziliense
- 29/12/2018
Dos 23,1 mil ocupantes em cargos de livre nomeação,
inicialmente cerca de 315 poderão ocupar essas vagas
A tensão aos comissionados na Esplanada dos Ministérios deve
aumentar em doses lentas. Dos 23,1 mil ocupantes em cargos de livre nomeação,
inicialmente cerca de 315 poderão ocupar essas vagas, considerando a
possibilidade de nomeação integral de integrantes efetivos e voluntários da
equipe de transição, além de nomes da confiança do vice-presidente eleito,
general Hamilton Mourão (PRTB).
Essa conta deixa aproximadamente 22,8 mil comissionados à
espera das próximas decisões. Nos 10 primeiros dias de governo, a previsão é de
que os ministros escolham profissionais para preencher cargos-chave. A partir
daí, semanalmente e ao longo de outros 90 dias, o governo fará reavaliações
sobre a necessidade de inclusão ou até exclusão de postos.
O estresse e as incertezas quanto ao futuro profissional não
atingirá apenas os cerca de 22,8 mil comissionados, que estão na administração
pública direta. Recairá, também, a outros cerca de 97 mil ocupantes de funções
e gratificações técnicas na administração pública indireta. Segundo o futuro
ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o país conta com 120 mil funções
“das mais variadas”.
Como não existe legislação determinando a exoneração
automática dos ocupantes de cargos comissionados pela simples troca de governo,
alterações no quadro ocorrerão conforme a conveniência da futura gestão. As
mudanças na estrutura dos postos de livre nomeação, no entanto, não serão
rápidas. Os ministros ainda estudam quantas vagas vão manter e em que áreas
podem atuar para o melhor desempenho das atividades. Mourão, por exemplo,
pensava em manter 30 assessores, mas deve ficar com 65, pouco acima da metade
do total de 140 que a vice-presidência pode empregar, segundo informação
publicada ontem pelo O Globo.
As análises dos ministros contemplam, ainda, cortes que,
inevitavelmente, serão feitos. Em outubro, Lorenzoni sugeriu um corte de 20 mil
cargos. Ontem, ele não confirmou uma redução nesse patamar, seja no quadro de
comissionados diretos ou indiretos, mas admitiu que o número de postos de
confiança será menor. “Cada ministério ainda está definindo o volume dos cortes
que serão feitos”, declarou. O futuro chefe da Casa Civil declarou que as reduções
contemplam uma...
Leia a íntegra em Com novo governo, 22 mil comissionados podem perder cargo na Esplanada