Correio Braziliense
- 23/12/2018
Entre os ocupantes dos chamados cargos de confiança, estão
presidentes, diretores, coordenadores, chefes e assessores dos principais
órgãos e programas do governo federal
Alvo de ameaças de extinção e promessas de enxugamento, os
cerca de 23 mil cargos comissionados da Presidência da República e dos
ministérios custam apenas 0,4% da folha de pagamento de servidores ativos e
inativos do governo federal.
Entre os ocupantes dos chamados cargos de confiança, estão
presidentes, diretores, coordenadores, chefes e assessores dos principais
órgãos e programas do governo federal. Três em cada quatro integrantes desse
grupo de elite do funcionalismo são servidores de carreira - ou seja, não podem
ser demitidos e, no máximo, perderiam parte dos vencimentos com o eventual
corte dos cargos.
Hoje, os benefícios adicionais pagos aos comissionados
custam cerca de R$ 1 bilhão por ano. Em 2018, o gasto total com servidores será
de R$ 242 bilhões. No ano que vem, a expectativa é de que chegue a R$ 263
bilhões.
O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, já defendeu
a extinção de 25 mil cargos, número que até excede o total existente hoje em
dia. Ao ser alertado sobre o erro, baixou a estimativa para 20 mil. Em
novembro, pouco depois de ser eleito, Jair Bolsonaro falou que pretende cortar
"no mínimo" 30% desses cargos.
Após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, o
recém-empossado governo Michel Temer prometeu um corte de 4 mil cargos comissionados.
O número de ocupantes desses postos hoje em dia, porém, é maior do que no...
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