O Dia - 09/12/2018
Movimento sindical ligado ao funcionalismo federal garante
que vai organizar categorias atingidas por medidas do atual governo
O Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal
(Condsef) garante que vai resistir ao decreto que altera regras de extinção de
empresas estatais e facilita a demissão de servidores. O secretário-geral da
entidade, Sérgio Ronaldo, afirma que o movimento sindical organizará as
categorias atingidas pelas medidas do governo Temer para enfrentar a situação.
Segundo o sindicalista, o presidente Michel Temer (MDB)
baixou decreto em 30 de novembro que deixa sobre responsabilidade do Ministério
do Planejamento o acompanhamento de liquidação de empresas públicas. Também
compete ao Ministério da Fazenda e à pasta, a qual o órgão estiver vinculado,
indicar a extinção da estatal ao Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI)
ao Programa Nacional de Desestatização (PND).
O Sérgio Ronaldo explica que as empresas marcadas para serem
extintas podem demitir até 95% do seu quadro. Dois exemplos das que estão em
processo de liquidação bem avançado são a Companhia de Armazém e Silos e Minas
Geral e a Companhia Docas do Maranhão. Sérgio Ronaldo critica que nos dois anos
e meio à frente da Presidência da República, Michel Temer (MDB) reduziu de 155
para 138 o número de estatais.
Na avaliação do secretário-geral da Condsef, o presidente
eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já sinalizou que pretende ampliar o processo de
extinção, tendo anunciado, inclusive que acabará com a Empresa Brasil de
Comunicação (EBC). O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer
que quer privatizar todas as estatais, o que geraria lucro de R$ 800 bilhões.
Por Max Leone