Blog do Josias
- 06/01/2019
Sob Jair Bolsonaro, o governo organiza o preenchimentos dos
chamados cargos de confiança guiando-se por uma estranha lógica: invoca o
aparelhamento promovido pelas administrações do PT para justificar o
aparelhamento a ser feito pela nova gestão. Horroriza-se tanto com a ocupação
predatória do Estado que deseja alastrá-la. Pratica o que abomina. Considera a
ideologização do serviço público tão inaceitável que pretende impor sua própria
ideologia.
Não ocorreu ao novo governo a ideia de realizar concursos
públicos ou processos seletivos baseados em currículos —algo que permitisse a
aferição não da ideologia, mas do mérito intelectual e funcional de cada
candidato. Ou seja: diante da possibilidade de produzir algo realmente novo, o
governo preferiu repetir velhas práticas. Na última quarta-feira, o ministro
Onyx Lorenzoni (Casa Civil) iniciou a "limpeza" de sua pasta,
exonerando 320 ocupantes de cargos comissionados.
Onyx chamou a demissão
coletiva de "despetização". Deu de ombros para o fato de que seu
antecessor na Casa Civil não foi um petista, mas Eliseu Padilha, do MDB de
Michel Temer. Na sexta-feira, em sua primeira reunião ministerial, Bolsonaro
referiu-se à canetada de Onyx como um "exemplo" a ser seguido por
todos os...
Leia a íntegra em Bolsonaro aparelha máquina estatal à modado PT