Metrópoles - 08/01/2019
O tempo é a metade do estimado pela equipe anterior, de
Michel Temer
O governo de Jair Bolsonaro (PSL) pretende levar a cabo uma
regra de transição para a reforma da Previdência que dure entre 10 e 12 anos.
Esse tempo é a metade daquele que era estimado pela equipe do presidente
anterior, Michel Temer (MDB), que calculava em 21 anos o período.
A ideia é que, ao longo desse período, as novas regras
equiparem as aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) com os benefícios dos servidores públicos. As informações são do jornal
Folha de S. Paulo.
Dessa forma, por atingir a idade mínima para aposentadoria
mais rapidamente, a nova proposta deve gerar economia maior para os cofres
públicos. A ideia é que os homens possam se aposentar apenas a partir dos 65
anos e as mulheres a partir dos 62 ou 63.
Segundo a reportagem, o governo ainda não fez o cálculo da
economia de recursos que essa nova regra pode representar. O governo anterior
calculava que, nas regras defendidas pela gestão Temer, a economia no prazo de
dez anos seria de aproximadamente R$ 600 bilhões.
Idade mínima
A definição da idade mínima para a aposentadoria gerou
ruídos recentemente entre o presidente Jair Bolsonaro e sua equipe. Em
entrevista ao SBT, Bolsonaro disse que a idade mínima para homens deveria ser
de aproximadamente 62 anos.
“A oposição vai usar os 65 anos para dizer que nós queremos
fazer [a reforma] na maldade. Não queremos”, disse. Segundo Bolsonaro, também
será levado em conta a expectativa de vida e peculiaridade de algumas
profissões para se definir o tempo de contribuição dos brasileiros.
Na sequência, Bolsonaro foi desmentido pela equipe
econômica, que voltou a defender uma idade mais elevada para que trabalhadores
possam receber a aposentadoria.