G1 - 09/01/2019
Ministro da Economia se reuniu com Onyx para discutir
proposta, que deve ser apresentada mês que vem. Na capitalização, trabalhador
faz poupança para assegurar aposentadoria.
Brasília - O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou
nesta terça-feira (8) que o governo incluirá na proposta de reforma da
Previdência Social, a ser enviada ao Congresso em fevereiro, a previsão de um
regime de capitalização.
A capitalização é uma espécie de poupança que o próprio
trabalhador faz para assegurar a aposentadoria no futuro.
O regime atual é o de repartição, pelo qual o trabalhador ativo
paga os benefícios de quem está aposentado.
"Eu acho que um sistema de capitalização, como estamos
desenhando, é algo bastante mais robusto, é mais difícil, o custo de transição
é alto. Mas estamos trabalhando para as futuras gerações", afirmou o ministro.
Paulo Guedes deu a declaração após se reunir com o ministro
da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para discutir a proposta.
Na avaliação do ministro da Economia, a reforma formulada
pelo governo Jair Bolsonaro é "profunda" e servirá para
"democratizar" o sistema previdenciário, "acelerar" o ritmo
de crescimento e "estimular" o aumento de produtividade.
De acordo com Paulo Guedes, o atual sistema está
"condenado" – a previsão do governo é que as contas da Previdência
registrem saldo negativo superior a R$ 300 bilhões neste ano.
"Então, nós estamos tentando justamente salvar as
futuras gerações. 'Salvar' é um movimento duplo. Primeiro, você tem que salvar
essa Previdência que está aí, mas, ao mesmo tempo, para as futuras gerações,
você quer criar um novo regime trabalhista e previdenciário", disse o
ministro.
MP para coibir fraudes
De acordo com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será
levada nesta quarta-feira (9) ao presidente Jair Bolsonaro o texto de uma
medida provisória (MP) cujo objetivo será coibir fraudes previdenciárias.
De acordo com Paulo Guedes, o texto "contra fraudes e
privilégios" vai gerar uma economia de R$ 17 bilhões a R$ 20 bilhões por ano.
Assim que for publicada, a MP terá força de lei, mas
precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias para se tornar
uma lei em definitivo.