Agência Brasil
- 04/02/2019
No texto, o governo também declara guerra ao crime
organizado
Brasília - Em mensagem presidencial ao Congresso Nacional, o
presidente Jair Bolsonaro disse hoje (4) que o grande impulso de um novo
ambiente para o país virá com o projeto da nova Previdência. “Estamos
concebendo uma proposta moderna e, ao mesmo tempo, fraterna, que conjuga o equilíbrio
atuarial, com o amparo a quem mais precisa, separando “previdência” de
“assistência”, ao tempo em que combate fraudes e privilégios”.
A mensagem foi lida no início oficial dos trabalhos
legislativos, embora os deputados e senadores eleitos em outubro passado tenham
tomado posse na sexta-feira (1º).
A nova Previdência proposta pelo governo, segundo a
mensagem, vai materializar a esperança concreta de que os jovens possam sonhar
com o futuro, por meio da Poupança Individual da Aposentadoria, um dos itens
que estão sendo formulados.
“É uma iniciativa que procura elevar a taxa da poupança
nacional, criando condições de aumentar os investimentos e o ritmo de
crescimento. É um caminho consistente para liberar o país do capital
internacional. Ao transformar a Previdência, começamos uma grande mudança no
Brasil. A confiança sobe, os negócios fluem, o emprego aumenta. E eis que se
inicia um círculo virtuoso na economia. Não tenham dúvida disso! Essa é uma
tarefa do governo, do Parlamento e de todos os brasileiros”, diz o presidente
Bolsonaro na mensagem, lida pela primeira-secretária da Mesa, deputada Soraya
Santos (PR-RJ).
Crime organizado
Jair Bolsonaro disse no texto enviado aos parlamentares, que
o governo brasileiro declara guerra ao crime organizado. “Guerra moral, guerra
jurídica, guerra de combate. Não temos pena e nem medo de criminoso. A eles
sejam dadas as garantias da lei e que tais leis sejam mais duras. Nosso governo
já está trabalhando nessa direção”.
Segundo o presidente, as pessoas mais vulneráveis foram as
que mais sofreram com a degradação da segurança. “Mulheres, crianças, pobres e
negros eram objeto de discurso, mas não de políticas consistentes de proteção.
Não vamos descansar enquanto o Brasil não for um país mais seguro, em que as
pessoas possam viver em paz com suas famílias”, acrescentou.
O governo federal proporá ao Congresso Nacional que as
organizações criminosas mais violentas em atuação no Brasil passem a ser
identificadas e nomeadas em lei. A medida, defendida pelo ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sergio Moro, consta do Projeto de Lei Anticrime que o
Palácio do Planalto enviará ao Congresso Nacional em breve.
Oportunidades
O presidente disse ainda que os primeiros passos para a
mudança da realidade brasileira estão sendo dados, tanto no ambiente interno
quanto no externo. “O Brasil volta a ser olhado pelo mundo como um lugar seguro
para investir, repleto de oportunidades. E mais do que isso: nossos
empreendedores começam a recuperar coragem para gerar emprego e renda. Os
níveis de confiança melhoraram, a taxa de investimento parou de cair, os postos
de trabalho voltaram a ser criados e a renda real das famílias começou a dar
sinais de melhora”.
Parlamento responsável
Dirigindo-se aos congressistas, Bolsonaro disse que, como a
imensa maioria dos brasileiros, rejeita as ditaduras, a opressão, o desrespeito
aos direitos humanos. “Rejeitamos, também, os modelos que subjugam o Poder
Legislativo e os demais Poderes, seja por corrupção, seja por ideologia, ou
ambos. Rejeitamos, ainda, a perseguição à oposição, a quem pedimos apenas:
respeito ao país e dignidade no exercício de seu legítimo papel”.
“Um país só é livre se livre é seu Parlamento. Se respeita e
zela pela Constituição. E um país só é desenvolvido se o seu Parlamento tem
responsabilidade com a evolução, com a transformação e com o progresso. É hora
de evoluirmos juntos – política e institucionalmente. É o mínimo que cada um de
nós, depositários da esperança, deve ao povo brasileiro”, afirmou o presidente.