Agência Brasil
- 12/02/2019
Secretário Rogério Marinho diz que presidente dará palavra
final
Brasília - O texto-base da reforma da Previdência foi
concluído pela equipe de governo e agora aguarda a análise do presidente Jair
Bolsonaro, ainda internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo o
secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, que esteve hoje
(12) reunido com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília, o
presidente dará a palavra final sobre o projeto que será enviado à Câmara dos
Deputados.
“Evidente que existem pontos que serão levados à presença do
presidente para que ele possa tomar sua posição, possa definir de que forma
isso possa chegar à Câmara Federal”, disse Marinho.
O secretário informou que o texto foi construído por
diversas áreas do governo, além da contribuição de economistas e avaliação do
projeto enviado pelo ex-presidente Michel Temer ao Congresso. Ele não antecipou
nenhuma regra.
Marinho disse que o texto final é “bem diferente” da minuta
do projeto que vazou para a imprensa na semana passada. Nessa minuta, o governo
proporia idade mínima única de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem no
Brasil. Além disso, a minuta de projeto ainda previa um mínimo de 20 anos de
contribuição para o trabalhador receber 60% da aposentadoria chegando, de forma
escalonada, até o limite de 40 anos, para o recebimento de 100%.
Perguntado sobre quando o projeto será apresentado à
sociedade, Marinho respondeu que isso vai ocorrer o mais rapidamente possível.
“Vamos aguardar que o presidente convalesça, que ele esteja em plena condição
de exercício do seu mandato, que eu espero que seja amanhã ou quinta-feira, e,
apresentado [o texto] ao presidente, ele vai definir o prazo”, disse o
secretário.
Militares
Sobre a inclusão de militares na reforma, mais cedo o
senador Major Olímpio, líder do PSL, disse, ao deixar o Ministério da Economia,
que os próprios militares apresentaram uma proposta para a Previdência.
“Os próprios comandantes militares, o ministro da Defesa
[general Fernando Azevedo] têm se debruçado sobre isso. Os militares que estão
fazendo propostas. Tudo vai cair aqui dentro da área técnica, da área
econômica. Os militares, que são sempre solução para o nosso país, não são
problema, também estão fazendo suas propostas. Vamos ver a viabilidade dessas
propostas”, disse.
O senador também esteve reunido com Guedes, no ministério.