BSPF - 27/04/2019
Entidades querem alteração em tabela por faixa etária e
equiparação da contrapartida paga hoje. Demanda é pauta prioritária em Campanha
Salarial dos federais. Sem previsão orçamentária para servidores civis em 2020,
mobilização é importante
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos
Federais (Fonasefe) protocolou nessa quinta-feira, 25, pedido de reunião no
Ministério da Economia para negociar proposta de contrapartida do governo no
custeio da saúde suplementar dos servidores públicos. O Fonasefe tem uma proposta
de tabela feita nos moldes do que determina a Agência Nacional de Saúde (ANS)
que redefine valores de contrapartida por faixa etária. Além da adequação na
tabela, as entidades querem a equiparação da contrapartida paga hoje por
servidores e governo. Em média, o servidor arca hoje com 80% do valor do plano.
Em alguns casos, o governo chega a custear apenas 10% do valor da mensalidade.
Hoje, muitos servidores têm desistido de ficar nos planos de
autogestão, como Geap e Capsaúde, que assistem a maioria, gerando uma crise que
tem se agravado nos últimos anos. A saída daqueles que não conseguem arcar com
o custeio das mensalidades cobradas pressiona também aqueles que decidem ficar.
"A vida toda os servidores contribuíram com plano de saúde e agora, quando
muitos mais precisam não estão conseguindo pagar as mensalidades", relata
Rogério Expedito, diretor da Condsef/Fenadsef.
Mobilização será fundamental
A demanda é uma das pautas prioritárias da Campanha Salarial
dos servidores federais. A categoria deverá enfrentar obstáculos difíceis no
processo. Um deles é a Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela
investimentos públicos por 20 anos. Além disso, o próprio projeto de orçamento
para 2020 chegou ao Congresso Nacional sem previsão de reajuste para servidores,
exceto militares.
As dificuldades existem, mas não serão impeditivos para
cobrar atendimento de demandas urgentes. "Vamos disputar no Orçamento os
valores necessários para resgatar esse direito a que muitos servidores tiveram
que abrir mão", destacou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da
Condsef/Fenadsef.
Para Sérgio, a mobilização em torno dessas e outras
reivindicações vai continuar sendo fundamental. "Não teremos negociações
fáceis pela frente. Mas com nossa unidade e organização vamos seguir
pressionando para que avanços e o atendimento de demandas urgentes
aconteçam", concluiu.
Fonte: Condsef/Fenadsef