BSPF - 06/04/2019
Em reunião essa semana com representantes da Capsaúde,
entidade buscou redução de reajuste de 23% aplicado pelo plano que se defendeu
dizendo que estuda alternativas para oferecer outras opções a seus milhares de
associados
A Condsef/Fenadsef se reuniu essa semana com o diretor
presidente da Capesesp, João Paulo dos Reis, para tratar do Capsaúde, plano de
autogestão que atende milhares de servidores da base da Confederação e seus
familiares. A entidade foi buscar redução do percentual de reajuste de 23,49%
aplicado aos associados que reclamam da inviabilidade de seguir arcando com o
valor do plano. Um dos pontos sensíveis dos valores pagos pelos servidores está
na contrapartida que o governo assegura.
Hoje, quase 80% do valor do plano
recaem no bolso do servidor. A Condsef/Fenadsef cobra do governo que, no
mínimo, equipare a contrapartida com os servidores, ficando 50%-50% os valores
em todos os planos de autogestão.
Com uma faixa etária de assistidos acima dos 59 anos, a
Capsaúde alega ainda que a sinistralidade eleva o valor das mensalidades.
Resultado disso, como a Condsef/Fenadsef ponderou, é a desistência de milhares
de associados que não suportam os valores cobrados. "Essa situação não é
favorável nem aos servidores, nem ao plano, é preciso encontrar alternativas e
queremos trabalhar nisso", disse Jussara Griffo, diretora da Confederação
que participou da reunião. Na reunião estiveram também os diretores da
Condsef/Fenadsef, Rogério Expedito e Carlos Alberto de Almeida.
Alternativas
Para evitar mais evasão a Condsef/Fenadsef cobrou
alternativas e ações por parte da Capsaúde que informou já ter estudos e
propostas para apresentar. A Capesaúde avalia criar um modelo de plano
municipal que pode reduzir custos de mensalidade. Foi lembrada ainda a
necessidade de cobrar alteração nos valores pagos pelo governo entre as faixas
etárias que não acompanham hoje os padrões adotados por outros planos de saúde
no mercado.
Nesse caso, a faixa final de idade do plano paga até seis
vezes mais o valor estipulado na faixa inicial. Como exemplo, se o governo
pagasse R$ 100 para faixa inicial e R$ 130 para a final, no modelo de tabela
configurado hoje, se a faixa inicial seguisse sendo R$ 100 a contribuição para
a final deveria ser de R$ 600. "Trata-se de uma negociação que já estamos
fazendo há algum tempo junto aos representantes do governo", lembrou
Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. "Obtivemos
alguns avanços, mas nada concreto foi feito ainda para resolver essa questão.
Vamos seguir pressionando e cobrando também que não só a contrapartida seja revista,
como os valores da tabela por faixa etária", explicou.
Fonte: Condsef/Fenadsef