Massa News - 08/05/2019
Com uma espécie de vacina antidiscurso da oposição, o
secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afastou a tese
de que o sacrifício da reforma recaia principalmente sobre os mais pobres.
"Isso não", disse enfaticamente. "O impacto que recai sobre os
servidores é 14 vezes mais forte que no INSS", ressaltou.
Marinho exibiu cálculos do governo que mostram que a
economia de R$ 807,9 bilhões esperada com a reforma no INSS em 10 anos recairá
sobre 71,3 milhões de segurados - resultando numa economia por indivíduo de R$
11,3 mil.
Já no caso dos servidores federais, a mudança nas regras vai
poupar R$ 224 bilhões em uma década, mas o número de atingidos é menor, de 1,4
milhão. Ou seja, a economia por indivíduo é de R$ 157 mil.
Marinho defendeu a iniciativa do governo de abrir os dados
da proposta, segundo ele, algo inédito em reformas previdenciárias anteriores,
feitas de 1988 até hoje. "É preciso haver transparência, que é essencial
nesse processo", disse.
O secretário também defendeu a criação do regime de
capitalização, segundo o qual o trabalhador contribuirá para uma conta
individual que bancará sua aposentadoria. "Se mantivermos situação atual,
vamos continuar subsidiando e retirando recursos de outras atividades
igualmente importantes, deixando de aplicar onde há maior
vulnerabilidade", argumentou.
Ele destacou que a proposta do governo assegura o pagamento
de pelo menos um salário mínimo na capitalização e prevê a possibilidade de que
haja contribuição patronal.
(Estadão Conteúdo)