Metrópoles - 24/06/2019
Governo recebeu os pedidos de seleções para 2020. Bolsonaro,
porém, disse que Brasil "dificilmente terá concursos nos próximos
anos"
O destino dos concursos do próximo ano começa a ser traçado.
O prazo para os ministérios, autarquias e órgãos do Executivo Federal
apresentarem os pedidos terminou em 31 de maio, e cabe ao Ministério da
Economia analisar as solicitações para autorizar ou não a realização de
processos seletivos. Pelo menos 20 mil vagas estão na lista de espera, de
acordo com o levantamento dos postos mais relevantes feito pela coluna Vaga
Garantida (confira quadro abaixo).
A posição do chefe da pasta, ministro Paulo Guedes, tem sido
clara desde o início do mandato: a prioridade é fazer todo o possível para
evitar novas seleções. Ele chegou a declarar na Câmara dos Deputados que “há
servidores demais” e um dos meios para reduzir os quadros é não repor os
funcionários públicos que se aposentarem.
Declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro nesse
sábado (22/06/2019) reforçam o discurso. “Paulo Guedes decidiu basicamente que
poucas áreas terão concurso, porque não tem como pagar mais. O problema é esse.
A gente até gostaria em uma área ou outra. Abri uma exceção para a Polícia
Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Fora isso, dificilmente teremos
concurso no Brasil nos próximos anos”, completou.
Tanto os entes governamentais quanto as entidades
representativas das carreiras discordam das falas do ministro Paulo Guedes.
Diversos alertam para os atuais e os futuros comprometimentos e deficiências no
atendimento às demandas, em razão da falta de pessoal.
Para manter o cumprimento das funções, muitos estão
recorrendo aos processos de mobilidade interna para preencher vagas em
atividades-meio, às gratificações por trabalhos extras, como na Polícia
Rodoviária Federal (PRF) e no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e aos
abonos permanência – reembolso da contribuição previdenciária para aqueles que
atendem prontamente aos requisitos para inatividade.
Prioridades
Guedes herdou uma bola de neve que tem crescido a cada ano.
A partir do segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), as suspensões e os
cancelamentos dos concursos públicos voltaram à pauta como uma política padrão
para contenção de gastos, na contramão da expansão da máquina pública e do...
Leia a íntegra em Concursos: órgãos federais querem abrir 20 mil vagas no próximo ano