Agência Brasil
- 24/06/2019
Alterações visam atender policiais federais e o BPC
Brasília - A líder do governo no Congresso Nacional, Joice
Hasselmann (PSL-SP), disse hoje (24), que serão apresentadas mudanças na
proposta de reforma da Previdência para atender pleitos de algumas categorias,
como os policiais. Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do
Planalto, a deputada explicou que, mesmo com as modificações, a expectativa do
governo é que a economia aos cofres públicos chegue a R$ 1,1 trilhão com a
aprovação do texto.
De acordo com Joice, entre as mudanças para os policiais
federais e rodoviários federais está a pensão em caso de morte. Na proposta
original, a pensão poderia não ser integral, mas será modificada para garantir
a integralidade. “A gente atendeu alguns pleitos das categorias policiais
dentro do que o governo poderia atender”, disse. Outra modificação que deve ser
apresentada, segundo Joice, é no Benefício de Prestação Continuada (BPC) para
pessoas com doenças raras, mas com um impacto menor.
Ainda assim, a deputada ressaltou que a economia já alcançou
um R$ 1 trilhão, contando com os R$ 200 bilhões que serão economizados a partir
da lei de combate às fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “No
estica e puxa o Rogério Marinho [secretário especial da Previdência e Trabalho]
conseguiu fazer uma ampliação da nossa economia, mas tem mais”, disse.
A reunião sobre a tramitação da reforma da Previdência,
nesta manhã, contou com a presença dos líderes do governo no Congresso, Joice
Hasselmann; na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e Senado, Fernando Bezerra
Coelho (MDB-PE), além dos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da
Economia, Paulo Guedes.
Votação
A votação do texto na comissão especial deve acontecer ainda
esta semana, para que na semana que vem comece a discussão no plenário da
Câmara e a votação antes do recesso parlamentar, previsto para iniciar em 18 de
julho.
Segundo Joice Hasselmann, as modificações devem aperfeiçoar
o texto e dar “uma musculatura maior” para o que o governo garanta o número de
votos necessários para a aprovação do texto.
“O Congresso Nacional tem o humor muito sensível, então a
gente pode ganhar ou perder votos em uma movimentação pequena. O trabalho ainda
continua. Estamos em busca de votos, vai ser número de 10% a 15% maior do que a
gente precisa. Estamos trabalhando com uma margem de erro, com um volume maior
do que o necessário, para garantir a aprovação [no plenário]”.