domingo, 9 de junho de 2019

União só fará concursos públicos para áreas estratégicas


O Dia     -     09/06/2019




União só fará concursos públicos para áreas estratégicas e não prevê medida tão cedo

Rio - O congelamento de concursos públicos federais prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, preocupa o funcionalismo, principalmente diante de um cenário que está por vir: cerca de 40% dos servidores da União vão se aposentar daqui a cinco anos. De acordo com o secretário de gestão e desempenho de pessoal da pasta, Wagner Lenhart, a maior parte dessas pessoas exerce atividades que poderão ser substituídas por digitalização. Em entrevista à Coluna, Lenhart admitiu, no entanto, que concursos estão sim no radar do governo, mas "serão exceção".

As carreiras que deverão ter reposição, segundo o secretário, são de "áreas estratégicas", como a jurídica, de Tecnologia da Informação e de Receita. E, ainda assim, ele sinalizou que isso não deve ocorrer em 2020 e 2021 por não haver recursos financeiros suficientes para cobrir as despesas.
Questionado sobre como o governo federal vai manter a prestação de serviço em meio a tantas aposentadorias e sem novas contratações, Lenhart alegou que o primeiro compromisso do governo é atender à população. E lembrou o decreto publicado em março, que restringiu a abertura de concursos, que adota 14 requisitos.

"Estabelecemos critérios detalhados para sabermos as reais necessidades de a administração pública fazer concurso. Respondendo objetivamente: a gente fez um levantamento do número e do perfil de pessoas que estão se aposentando nos próximos anos. Dois terços são dos quadros de níveis Intermediário e Médio, com o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio completo", disse ele, que acrescentou:

"Esses (servidores) são evidentemente os profissionais mais impactados pelas novas ferramentas tecnológicas que chegam e que conseguimos utilizar para ganhar produtividade e eficiência".
Sobre as funções estratégicas, ele disse que "vai precisar fazer concurso público sim". "Acontece que nos próximos dois anos a gente não tem espaço no orçamento para fazer. Então, realmente a gente está muito limitado e vai fazer em casos excepcionais", informou.

Tecnologia e terceirização

Para defender a tecnologia no lugar de profissionais, Lenhart alegou que a natureza de alguns serviços "foi evoluindo e o governo foi mudando a forma de prestar esses serviços".

O secretário também deixou claro que a terceirização será opção. "Há um exemplo bastante tradicional, que é o transporte dos agentes públicos. Antigamente, se dava por carros próprios e motoristas concursados do governo federal. Em um segundo momento, começamos a fazer contratos de locação de veículos com a mão de obra de motorista, e aí se parou de fazer concurso para esses profissionais. Em um terceiro momento, com a vinda dos aplicativos, o governo também inovou e...



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