BSPF - 17/08/2019
O diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, explicou para
servidores da Casa as linhas gerais do acordo de cooperação com o MBC, que
prevê reestruturação e mapeamento dos serviços e fluxos de trabalho
O auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, ficou
lotado de servidores para ouvir do diretor-geral da Casa, Sérgio Sampaio, os
detalhes sobre o acordo de cooperação com o Movimento Brasil Competitivo (MBC)
para a reestruturação e mapeamento dos serviços e fluxos de trabalho. Mas logo
no início do discurso, Sampaio deixou claro que ainda não há um "produto
acabado". "Vamos apenas falar de expectativas e diretrizes",
explicou.
Ele fez questão de enfatizar, porém, que não haverá perdas
de direitos para os servidores atuais, com salário médio de R$ 30 mil, nos seus
cálculos. Para os que entrarão por concurso público, a ideia é adotar um
projeto que já vem sendo discutido para reduzir as remunerações de entrada e
prolongar o prazo para chegar ao fim da carreira — o que deverá demorar em
torno de 25 anos, por causa da lei do teto dos gastos, que não permite aumento
de despesas nos próximos 20 anos.
Redução de pessoal
A necessidade de trabalhar a reestruturação — em parceria
com a consultoria Falconi, contratada pelo MEC — se deve à redução de pessoal.
"A Câmara tinha 3,7mil servidores, hoje tem 2,8 mil e, segundo estudo do
TCU (Tribunal de Constas da União), terá menos 50% em 12 anos. Como será
possível entregar o serviço? Por isso precisamos refletir e fazer um
mapeamento", assinalou Sampaio.
O resultado da reestruturação deverá aparecer só daqui a
quatro meses e meio. Mas até lá vários outros informes serão repassados aos
funcionários da Câmara, prometeu.
Por Vera Batista
Fonte: Correio Braziliense