sábado, 5 de outubro de 2019

Previdência: oficiais terão aumento de até 73%. Soldados, de 12%


Metrópoles     -     05/10/2019




O projeto de lei prevê um reajuste na gratificação paga para quem realiza cursos e treinamentos, e disponibilidade

O relatório da reforma da Previdência dos militares, que deve ser lido na próxima terça-feira (08/10/2019) na comissão especial da Câmara, prevê que oficiais de alta patente podem alcançar um aumento de até 73% do salário base da categoria, enquanto um soldado não conseguirá reajuste superior a 12%.

A reestruturação nas carreiras militares traz reajustes previstos até 2023 e adicionais por fatores como tempo de permanência nas Forças e realização de especializações. Pelo texto, os “adicionais” aos ganhos que podem chegar a mais de 70% do salário.

Essa é uma das razões pelas quais os militares de baixa patente, chamados de “praças”, estão se organizando contra a reforma. Como o Metrópoles revelou, eles têm buscado partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), no espectro ideológico da esquerda, para tentar conter algumas das mudanças.

A expectativa oficial é de uma economia de R$ 97,3 bilhões em dez anos com a reforma na aposentadoria dos militares. Como os reajustes previstos na reestruturação devem custar R$ 86,65 bilhões no mesmo período, o saldo da economia fica em R$ 10,4 bilhões em 10 anos. A reforma da Previdência dos civis prevê uma economia de R$ 800 bilhões em 10 anos.

Adicionais

O relator traz ainda aumento em adicionais. O maior deles é o “habilitação”. O relator, deputado Vinícius Carvalho (Republicanos-SP), atendeu à reivindicação da classe, que alega que os vencimentos iniciais e finais da carreira militar são muito próximos aos iniciais.

O projeto de lei prevê um reajuste na gratificação paga para quem realiza cursos e treinamentos. O valor cresce proporcionalmente à graduação do oficial, podendo chegar a até 71% dos vencimentos.

Na mesma tendência, o texto prevê um incremento no adicional de disponibilidade. O benefício passará a integrar a remuneração do militar a partir de 1º de janeiro de 2020, caso a reforma seja aprovada como está.

Essa remuneração é paga ao militar na reserva pelo fato de ele poder ser convocado a voltar a atuar em caso de necessidade. Variando entre 5% e 32%, o adicional também cresce conforme a patente. Esse valor é acrescido à aposentadoria.

Por fim, o texto do relator destaca um acréscimo no adicional por atividades civis. O militar inativo poderá ser contratado para o desempenho de atividades civis em órgãos públicos. Para isso será pago um adicional de 30% do que ele recebe na...



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