O Dia - 06/10/2019
Cenário é de austeridade nos próximos três anos, como prometeu
o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida
A austeridade prometida pela equipe econômica do governo de
Jair Bolsonaro ao serviço público assusta os cerca de 1 milhão de servidores
ativos e aposentados da União. Diante de um cenário de congelamento salarial
nos próximos três anos e também de uma reforma administrativa, como já defendeu
o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, as categorias temem mais
perdas do poder aquisitivo.
Dados divulgados pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do
Banco Central (Sinal) — e elaborados pela área de estudos técnicos da entidade
—, apontam que a maior parte do funcionalismo (785 mil vínculos) já acumula
defasagem salarial de 32,6% entre julho de 2010 a dezembro de 2019.
E uma outra parcela das categorias federais (cerca de 253
mil servidores) registra 14,8% de defasagem nesse mesmo período. O presidente
do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques,
ressalta que a falta de reajustes somada a outras medidas, como a Reforma da
Previdência, vai impactar diretamente na vida e orçamento doméstico dos
servidores, especialmente dos aposentados.
No fim do mês de agosto, o secretário do Tesouro Nacional
voltou a afirmar que o governo federal vai frear reajustes salariais e
concursos. Mansueto Almeida defendeu a reforma administrativa que o Executivo
pretende implementar em breve. Para Almeida uma das principais mudanças
necessárias é a redução do salário inicial de quem ingressa no serviço público,
já que atualmente algumas carreiras pagam cerca de R$ 15 mil no início.
"Se quisermos manter o país com nível de investimento,
que já é baixo, não vejo nenhum espaço fiscal para aumento salarial ou
concursos públicos nos próximos três anos", declarou.
Secretário contradiz setor
No mesmo dia, o secretário afirmou que houve excessos de
aumentos de remuneração aos funcionários públicos federais nos últimos anos —
diferente do que o funcionalismo argumenta. "Aí, o governo segura (os
aumentos salariais até 2022) e ganha tempo para fazer uma...
Leia a íntegra em Servidores têm defasagem salarial de 32,6% e temem piora com congelamentos salariais