Metrópoles - 06/11/2019
Fechamentos de postos de níveis fundamental e médio de
funções ultrapassadas ocorrem há mais de uma década
A extinção de cargos com atividades obsoletas não é novidade
para a Administração Pública Federal nas últimas duas décadas. Em seu discurso
sobre a reforma administrativa, a equipe do presidente Jair Bolsonaro incluiu
essa demanda como parte das alterações de simplificação da estrutura de
carreiras. O objetivo é migrar de cerca de 2 mil tipos diferentes de funções
para aproximadamente 1,2 mil e eliminar os ofícios desatualizados.
As mudanças nas carreiras ao longo do tempo foram encolhendo
as funções auxiliares e as de atividades-meio. As que perderam a funcionalidade
deixaram de existir e foram esvaziadas à medida que seus ocupantes se
aposentaram, e as demais foram substituídas por contratos terceirizados.
Em setembro de 1999, os cargos com exigência do ensino
fundamental representavam 5,45% de toda a força de trabalho da época — 502.140
servidores ativos. Hoje, não passam de 3% dos quase 575 mil profissionais,
segundo dados consolidados mais atualizados do Painel Estatístico de Pessoal do
Ministério da Economia consultado pela coluna Vaga Garantida.
Transformação
As ocupações de nível intermediário tiveram um impacto maior
nessa transformação no mesmo período. Há duas décadas, eram 53,44% dos ativos
e, atualmente, representam menos de 32%. A queda no quantitativo e na proporção
se justificam, principalmente, pela extinção de funções como datilógrafo,
ascensorista, atendente, secretária e outras que eram comuns no início da
década de 1990. Entretanto, agora, se tornaram desnecessárias. E também pelo
aumento da escolaridade dos servidores públicos.
A quantidade de posições que exigem a graduação cresceu
significativamente: de 37,44% para os atuais 52%. Reflexo da mudança de
escolaridade de várias...
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