Agência Brasil
- 02/11/2019
Bolsonaro falou sobre o assunto na porta do Palácio da
Alvorada
Brasília - O
presidente Jair Bolsonaro disse hoje (2) que está quase tudo pronto para a
apresentação da reforma administrativa ao Congresso e que o governo estuda
mudar a estabilidade dos novos servidores públicos. “A ideia é daqui para
frente, para os futuros concursados não teria estabilidade, essa é a ideia que
está sendo estudada”, disse ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã deste
sábado.
De acordo com o presidente, para algumas carreiras típicas
de Estado, entretanto, esse direito seria preservado. “Eu não posso formar, por
exemplo, um sargento ou um capitão das forças especiais e depois mandar ele
embora. Tem que ter formação específica para aquela atividade, bem como outras
dos servidores civis.” Atualmente, os servidores públicos estatutários têm
direito à estabilidade no cargo após três anos de atividade.
Na próxima semana, Bolsonaro pretende ir ao Congresso entregar
novos projetos para serem analisados pelos deputados e senadores. Ele não
detalhou, entretanto, qual reforma será apresentada primeiro. “A que for menos
difícil tem que ir na frente. O [ministro da Economia] Paulo Guedes gostaria
que as três [previdenciária, administrativa e tributária] já tivessem
aprovadas”, disse. Um novo pacto federativo com estados e municípios também é
prioridade para o governo e deve ser proposto em breve.
As medidas do governo para simplificação da máquina pública
e desregulamentação do ambiente de negócios, segundo Bolsonaro, objetivam o
aquecimento da economia e a geração de empregos. “Quem cria emprego é a
iniciativa privada e, para tal, quem produz tem que ter menos burocracia. Temos
que botar de forma mais competitiva nos portos produtos para exportação”,
disse.
A diminuição da carga tributária também está no radar do
Ministério da Economia, segundo o presidente, mas não deve ser feita “de uma
hora para outra”. “Essa reforma tributária é muito importante. O que encarece no
Brasil são os impostos. Vou apelar aos governadores, se for possível, sei que
vivem apertados, [para que] diminuíssem essa média de 30% de ICMS [Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] no combustível, cria mais emprego,
se consome mais o que é nosso aqui dentro. Por isso que o etanol de fora é
competitivo, lá fora quase não tem imposto”, disse, lembrando que parte do
etanol consumido no Brasil é importada.
Nova moto
Jair Bolsonaro deixou a residência oficial hoje acompanhado
do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que estava pilotando
uma moto da marca Harley-Davidson. O presidente foi retirar uma moto nova que
comprou em uma loja no Setor de Industria e Abastecimento, a cerca de 20
quilômetros do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro disse que pagou a moto com o próprio dinheiro, uma
Honda NC 750x, na cor azul. O preço anunciado no site da Honda é R$ 33.980.
No Twitter, o presidente postou um vídeo em que aparece pilotando
a moto pelas ruas de Brasília.