Jovem Pan - 13/01/2020
O Senado deve divulgar ainda no primeiro semestre o edital
para um novo concurso. Vão ser 40 vagas efetivas — 24 delas para o cargo de
técnico legislativo nível II, que exige apenas Ensino Médio e tem salário
inicial de pouco mais de R$ 18 mil.
Para quem possui nível superior, são 12 vagas para analista
legislativo — cujo salário inicial é de pouco mais de R$ 24 mil.
Por fim, serão abertas também quatro vagas de advogados.
Quem for aprovado começa a carreira recebendo em torno de R$ 32 mil.
Todos os vencimentos já incluem gratificações de atividades
legislativas, de representação e de desempenho. Os servidores também recebem o
benefício extra de alimentação no valor de R$ 924 e auxílio transporte com
desconto de 6% na folha de pagamento — além de plano de saúde.
Este pode ser um dos últimos concursos federais feitos nas
atuais regras, já que os processos seletivos são um dos alvos da reforma
administrativa — que deve enviar ao Congresso em fevereiro.
Um dos pontos mais polêmicos é na estabilidade do
funcionário público. A intenção é de que novos servidores passem por um período
de provação, algo em torno de 10 anos, podendo ser demitidos — para só depois
alcançarem a estabilidade.
As carreiras e os salários, hoje muito acima de quem
trabalha para o setor privado, também podem sofrer modificações. O presidente
da Câmara, Rodrigo Maia, já declarou que a proposta será bem recebida.
Por ser uma PEC, a reforma administrativa tem um longo
caminho a percorrer no Congresso. Primeiro vencendo resistência quanto aos
pontos mais sensíveis e, depois, buscando apoio de 3/5 dos deputados e
senadores. Outros obstáculos são as eleições municipais e o acumulo da pauta
econômica.
Por Levy Guimarães