BSPF - 20/01/2020
Ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
o procurador Edison Garcia afirma que, uma das medidas emergenciais para
solucionar a crise no órgão, seria a convocação remunerada de servidores (técnicos
e analistas previdenciários) aposentados. À Coluna, Garcia diz que alertou a
equipe econômica do governo de transição sobre a falta de pessoal do INSS. O
procurador também pediu ao Ministério do Planejamento, em 2018, a realização de
concurso público, mas a solicitação foi negada.
Déficit
Segundo o ex-presidente do INSS, o órgão hoje precisaria de
cerca de 3 mil servidores para atender à demanda. Garcia lembra que o Instituto
já teve 50 mil funcionários. Em 2018, reduziu para 33 mil. Atualmente, tem 23
mil.
Militares
Mais de 30 entidades vinculadas ao Fórum das Carreiras de
Estado reagiram à convocação de sete mil militares para reforçar o atendimento
no INSS. Os servidores defendem, “como solução temporária para a crise, a
convocação, via abono de permanência, de servidores aposentados”.
Sem cabimento
O general Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro, também é
contra a convocação de militares para o INSS: “Não tem cabimento. Colocar
militares para qualquer coisa é simplismo, falta de capacidade administrativa”.
Por Walmor Parente
Fonte: Jornal O Sul