Terra - 17/02/2020
Governo prepara uma medida provisória para a contratação
temporária de servidores já aposentados
A estratégia de retenção de concurso público deu errado no
INSS. A crise deflagrada pelas longas filas para a obtenção de benefícios
previdenciários derrubou a cúpula do órgão e forçou a equipe econômica a
improvisar soluções, como a tentativa de convocação de militares da reserva
para a realização do serviço. Agora, como mostrou o Estado na semana passada, o
governo prepara uma medida provisória para a contratação temporária de
servidores já aposentados não só para o INSS, mas também para outros órgãos.
O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado
(Fonacate) alerta que o apagão no INSS pode se repetir em outras áreas. Pelas
contas da instituição, só na Receita Federal faltariam 21.714 servidores para
se alcançar o quadro ideal. Os déficits de servidores em relação ao nível
considerado adequado pelo fórum também já seriam altos no IBGE (65%), na
Controladoria-Geral da União (61,5%) e no Banco do Brasil (43,9%).
"É a população que vai pressionar o governo a voltar a
fazer concursos, com ou sem reforma. Basta a população sentir que os hospitais
não têm atendimento, que não há matrículas em universidades, que outros órgãos
estão com filas como a do INSS", rebate o presidente do Fonacate, Rudinei
Marques.
Segundo ele, além das aposentadorias que devem retirar entre
20% e 25% da força de trabalho do serviço público federal nos próximos anos, há
ainda outros 120 mil servidores já aposentados que voltaram ao serviço com o
abono de permanência. "Juntando todos esses funcionários, podemos perder
até a metade da capacidade de atendimento se...
Leia a íntegra em Paralisação de concursos públicos gerou 'apagão' no INSS