O Dia - 17/02/2020
Docentes das instituições e institutos federais, além de
algumas universidades estaduais, defendem pauta própria e também somarão forças
na mobilização nacional em defesa do serviço público
As universidades federais prometem parar no dia 18 de março,
data em que o serviço público do país também agenda uma mobilização nacional.
Além de engrossarem o coro à pauta das demais categorias do funcionalismo — que
deve passar por uma reestruturação com a reforma administrativa —, docentes das
instituições de ensino organizam um movimento por reivindicações próprias:
contra a defasagem salarial e a precarização do ensino (superior e nos
institutos federais).
Durante o 39º Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes
das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), realizado no último dia 7, os
profissionais do setor deliberaram um plano de lutas e a construção da greve em
18 de março.
Aqui no Rio, por exemplo, docentes de universidades como a
UFF e a Unirio já decidiram pela paralisação. E a UFRJ definirá nos próximos
dias, como explicou o presidente do Andes, Antônio Gonçalves.
Gonçalves declarou à coluna que a pauta da categoria já vem
sendo defendida desde 2019. E que as instituições de Ensino Superior estão
agonizando devido à falta de investimentos e de valorização dos profissionais.
"Protocolamos em março do ano passado, no MEC, essa
pauta contra a precarização do nosso trabalho", disse o sindicalista, que
acrescentou: "Nossa carreira está desestruturada. Não temos um piso
salarial, não temos data-base, e a gente não tem um índice, um 'step' entre um
nível e outro da carreira. Nossa defasagem salarial é de 33%, pois desde 2016
aguardamos recomposição".
O presidente da entidade levantou ainda a necessidade de
abertura de concursos públicos nas universidades para repor cargos vagos.
"Os docentes estão se aposentando no país todo e aí é uma sobrecarga de
trabalho (para quem fica). Na Educação Superior a gente não faz só...
Leia a íntegra em Universidades federais vão parar em 18 de março